sexta-feira, 15 de junho de 2012

TEMPLO NÃO É A CASA DE DEUS.

SE ALGUÉM FICA POR AÍ DIZENDO QUE TEMPLO E A CASA DE DEUS CUIDADO! TEMPLO É SÓ UM LUGAR DE ENCONTRO. ATOS 7.48 – EF 3.17 -

Basicamente todas as religiões(inclusive as evangélicas), conhecidas têm determinadas construções ou locais designados como especialmente sagrados. Seus nomes podem se alterar entre as culturas, mas sua função permanece a mesma. Muitas religiões construíram prédios chamados de “templos” ou que levam outros nomes. Historicamente, os homens com freqüência pensam que tais prédios abrigam uma “deidade” em particular. Os templos colocam Deus literalmente em uma caixa! Nós nos tornamos um pouco mais sofisticados desde então, ou pelo menos é o que achamos. Os homens atualmente consideram os templos mais como estruturas devotadas a atividades religiosas. Uma religião muito popular tem templos conhecidos como Gurdwara. Você será bem-vindo para visitar um desses templos se concordar com algumas poucas exigências. Depois de entrar, tire os sapatos e coloque um chapéu semelhante a uma bandana em sua cabeça. Deixe os cigarros ou bebidas alcoólicas em casa. Intoxicantes não são permitidos. Depois de entrar, caminhe devagar até uma cadeira onde o livro sagrado da religião está entronizado. Curve-se humildemente perante o livro e faça uma oferta monetária. Você, junto com todos os que estão no templo, sentará então com as pernas cruzadas sobre o piso e elevará as mãos em concha para receber dos porteiros uma hóstia de pão feito de farinha adoçada e manteiga. Esse é o costume da quinta maior religião do planeta atualmente. Entretanto, na verdade todas as religiões têm um tipo parecido de templo, com algum ritual comparável para seguir. As pessoas construíram diversos prédios com finalidades religiosas—templos, claro, mas também mosteiros, túmulos, torres com vários andares e edifícios elaborados com abóbadas adornadas e torres de oração. Os “locais especiais” podem ser enormes.

A parede externa de um templo no Camboja ocupa quase um quilômetro quadrado! Outros “locais especiais” podem ser bem pequenos. Muitas religiões construíram “oratórios”. Essas estruturas em geral contêm uma relíquia ou imagem que as pessoas adoram ou veneram. Indivíduos especialmente religiosos podem até construir um oratório no seu próprio quintal devotado a uma determinada “deidade” ou “santo”. Ao norte do meio-oeste dos Estados Unidos, “bathtub Madonnas” (esculturas de Maria abrigada em uma casinha) são um tipo comum de oratório particular. Apenas das diferenças na escala, essas estruturas têm uma finalidade em comum. Elas são um lugar onde as pessoas podem comparecer quando desejam “cumprir” suas tarefas religiosas. É fascinante como muitas pessoas reconhecem de forma natural a similaridade de todas as “edificações com fins religiosos”, sem importar a religião. No Sudeste Asiático, por exemplo, a palavra wat pode se referir a quase qualquer “local de adoração”. Um wat cheen, por exemplo, é um edifício usado por religiões chinesas, sejam elas budistas ou taoístas. Um wat khaek é uma estrutura usada pelos hindus. Um wat kris é um prédio usado pelos cristãos. Na verdade, “a boca fala o que transborda do coração”, para um tailandês um wat é um wat, não importa a religião que o construiu. Se você quer se aproximar de Deus (seja qual for seu conceito sobre Ele), você vai ao seu wat preferido. Do contrário, se desejar seguir interesses seculares, você se mantém longe de todos os wats até que esteja pronto para ser religioso. A humanidade, então, sentiu uma ânsia universal de construir prédios “sagrados” e até de designar rios, montanhas ou bosques específicos como particularmente “sagrados”. Não se podem mesmo negar que locais especiais são uma marca registrada da religião humana. Mas isso é ruim?

Bem, considere o seguinte: O próprio processo de designar um determinado local como “sagrado” automaticamente categoriza, de certa forma, todos os outros lugares como menos sagrados. Se o “sagrado” pertence a Deus, o resto é de quem? Se alguns poucos lugares são devotados à vida religiosa, a que são dedicados à maioria dos lugares? E se você realmente acha que está “entrando na presença de Deus” ao entrar em uma determinada posição geográfica, o que acontece quando você sai? O que estamos dizendo é que a religião tem simultaneamente dois objetivos—permitir aos humanos se aproximar de Deus, quando querem, e mantê-Lo a uma distância segura quando é o que preferem. A designação de alguns lugares como “especiais” é uma maneira crucial da religião compartimentalizar a vida. Ed. Restauração.