terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


ANÁS, CAIFÁS E O SINÉDRIO: UM CONLUIO IMORAL


No livro do Profeta Jeremias, escutamos suas lamentações:
“Caçaram-me como se eu fosse ave,
meus inimigos, sem razão.
No fosso precipitaram minha vida
e atiraram pedras sobre mim.
As águas submergiram minha cabeça;
eu  dizia: “Estou perdido”
Eu invoquei teu nome, Iahweh,
do mais profundo do fosso.
Ouviste o meu grito, não feches teus ouvidos
à minha oração, a meu apelo.
Aproximaste-te no dia em que te invoquei,
Disseste: “Não temas!”
Essas palavras, como uma profecia, rolaram pelas Sinagogas de Israel, foram proclamadas pelos leitores do Sabath, os escribas as ensinaram de suas cátedras e, chegada a hora, não souberam aplicá-las com justiça, na pessoa de Jesus.
Naquela noite, depois do desgaste emocional que acarretou a Última Ceia do Antigo Testamento e a Primeira da Nova Páscoa, Jesus, acompanhado dos seus, daqueles que ainda lhe eram fiéis, atravessou a torrente Cedron, circundando o Templo pela parte de trás, e subiu até o Horto do Amigo, em Getsêmani.
O lugar era especialmente querido por Jesus porque, sem estar longe de Jerusalém, propiciava recolhimento e uma visão privilegiada do Templo e da Cidade.
Lá, naquela noite, as palavras das Lamentações de Jeremias tornaram-se realidade.
Quando a noite já estava avançada e a madrugada já “perfilava” o dia, Jesus, abandonado nos braços do Pai, naquela oração trespassada de dor e angústia, clama pela misericórdia e compaixão:
“Pai, se possível, passa de mim este cálice, mas não seja feita a minha vontade senão a Tua”.
Tão forte é essa súplica que a transpiração do corpo aparece em gotas de sangue.
A mesma angústia, a mesma dor das palavras do Profeta Jeremias, na sua Lamentação Profética:
“Eu invoquei teu nome, Iahweh,
do mais profundo do fosso...”
“Aproximaste-te no dia em que te invoquei,
disseste: ‘Não temas!’”.
E o Anjo da Agonia vem confortar a própria Força que, na sua natureza humana, fraqueja!
Enquanto isso, em reunião extraordinária e na calada da noite, Caifás,
Anás (sogro de Caifás) e todo o Sinédrio  estudaram e maquinaram a morte de Jesus.
Na calada da noite, eles que, por religiosos e profissionais da Fé, sabiam das Profecias e da Encarnação da Segunda Pessoa da Ssma. Trindade, armam um conluio imoral.
E compram a fraqueza de Judas!
Pilatos e Herodes devem à História uma explicação, mas o que deverão Anás, Caifás e o Sinédrio?
Que justificativa dariam diante do Pai, no dia do encontro?
   Que não sabiam?
   Que pensavam que era outra coisa?
   Que o Povo pressionou?
Qual seria sua justificativa?
Nunca os conluios, as tramas, as armadilhas, as mentiras, construíram vida, mas quando se trata de VIDA EM PLENITUDE, isso comporta uma grande responsabilidade.
E assim foi.
Nem Anás nem Caifás queriam perder seus privilégios sacerdotais, e manipularam o Sinédrio.
Pilatos perguntou a Jesus: Que é a VERDADE?
E, para condenar a VERDADE, só uma grande mentira.
E a farsa da condenação completou-se:
A covardia de Pilatos.
A frivolidade de Herodes.
A venalidade de Anás.
A tortuosidade de velha raposa de Caifás.
A acomodação do Sinédrio...
E, para fechar todo esse teatro:
A traição de Judas!
Agora, eu poderia, dando uma de moralista, percorrer os diferentes tipos de homens e mulheres que continuam, hoje,  a trama da condenação de Jesus, .
Prefiro deixar cada um a sós com sua consciência.
A resposta é como a responsabilidade: pessoal!

Com um abraço sincero do
                                                                              P. Ramon Jamardo

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013



PROFETA OSEIAS: "PORQUE SEMEIAM VENTOS COLHEM TEMPESTADES" (capítulo 8 verso 7)

A TERRA ESTÁ DE LUTO.

“Vós filhos de Israel, ouçam a palavra do Senhor, porque o Senhor tem uma acusação contra vocês que vivem nesta terra. A fidelidade e o amor desapareceram desta terra, como também o conhecimento de Deus. Só se veem maldição, mentira e assassinatos, roubo e mais roubo, adultério e mais adultério; ultrapassam todos os limites! E o derramamento de sangue é constante. Por isso a terra pranteia, ela está de luto, e todos os seus habitantes desfalecem, os animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar estão morrendo (Oseias cap. 4 versos de 1 a 3)”.

Este texto nos revela por boca do profeta Hebreu as causas que naquela ocasião levaram o povo de Israel a receberem de Deus um aviso solene: capítulo 8 verso 7 do livro de Oseias: “Porque semeiam ventos e colherão tempestades”. A semelhança daqueles dias com os nossos tempos é muito grande e as consequências também são idênticas. Vejamos.

Primeiro: os sacerdotes se corromperam, rejeitaram o conhecimento e esqueceram-se da Lei do Senhor, pecaram contra Deus e o Senhor mudou a honra deles em vergonha, alimentam se do pecado do povo... assim sacerdote e povo se tornaram como um só.( Os 3.7c). Aqui vemos o mesmo quadro dos nossos tempos, a história se repete líderes corrompidos por causa de cargos, dinheiro, poder e sensualidade, do outro lado o povo, a grande massa, omissa, cega, interesseira em milagres com o desejo de solucionar seus problemas pessoais a qualquer preço se tornando cúmplices de corrupção do clero e por vaidade confessam Jesus. Várias denúncias estão “bombando” por todos os lados envolvendo líderes religiosos de todas as confissões, mas, esquecemos que na outra ponta tem gente sustentando, defendendo, apoiando tudo isto, vivendo uma vida sem compromisso, sem cuidado com a família, alguns por cegueira ou por ignorância, outros por interesses pessoais ou vaidades, e muitos em busca de respostas aos anseios da vida, não pensam nem analisam os fatos e sem conhecimento de Deus alimentam toda esta perversidade religiosa, a mesma, que nos tempos de Joel, trouxe juízo de Deus sobre a nação de Israel.

Segundo: o povo consulta um pedaço de pau (Os 4.12). Aqui está a melhor definição de idolatria. No meu ponto de vista, idolatria já deixou a muito de ser somente imagens de pessoas ou animais criadas para serem adoradas e receberem honra. Para mim, qualquer objeto seja ser humano ou não quando passa a ser o centro de adoração e intermediação com Deus se torna imediatamente um ídolo, exatamente como um pedaço de pau, ou seja, sem vida sem propósito diante Deus e dos homens. Aqui aparece novamente homens, líderes e membros, membros sim, de igrejas, que a partir do momento que passam a ser tão olhados e mutuamente se cobiçam e se desejam como objeto de consumo religioso, não percebem que neste exato momento ambos se tornam como pedaço de pau mesmo, incapazes de expressarem a vida de Deus em si mesmos, se tornando ídolos mortos.

Terceiro: a palavra prostituição se repete nos textos de Oseias várias vezes, ora em relação à idolatria que é um tipo de prostituição, ora no sentido de relações sexuais. Perceba que no sentido sexual, a coisa é mais séria que imaginamos, pois bem, o texto diz sobre, prostituição de filhas, noras, homens, meretrizes, aqui anuncia degradação total dos conceitos e valores de família, o profeta diz que havia um “espírito de prostituição no meio deles”, Oseias acrescenta no cap. 10 verso 13, “arastes a malícia colhestes a perversidade”. Está longe de nossos dias este fato? Claro que não. Há no Brasil, uma ação intensa do espírito de prostituição aos moldes dos tempos de Joel. A cumplicidade da maioria da sociedade, o governo patrocina tudo que pode, segmentos dominadores da mídia brasileira lançam programas e novelas imorais em horários livres, revistas pornográficas aos montes, enfim, a impressão que tenho é que o Brasil se tornou um imenso cabaré. Sabe o que é isto? Espírito de prostituição. Esta questão também já ultrapassou as paredes dos templos religiosos. Os valores de família estão indo ralo adentro.

Quarto: só se veem maldição, mentira e assassinatos, roubo e mais roubo, adultério e mais adultério; ultrapassam todos os limites! E o derramamento de sangue é constante. Por isso a terra pranteia, ela está de luto (Oseias cap. 4 verso 2). É diferente dos nossos dias? Você se sente seguro? Consegue deixar seus filhos saírem para um culto, festa, passeio, sem te dar um calafrio? Pois é, estamos vivendo estes mesmos dias. Aqui não precisa de comentários não é mesmo?

Conclusão, tudo isto aconteceu naquela época porque foi semeado e está acontecendo hoje porque está sendo semeado a semelhança daqueles tempos e diga se de passagem, muito bem semeado, sem medir as consequências, a verdade é que segundo as palavras do profeta “rejeitou o bem o inimigo o perseguirá”. Aqui revela alguém que tira proveito desta semeadura a inconsequente e age, provocando morte destruição, desagregação de família, insegurança e loucura. Veja as consequências: "por isso a terra pranteia, ela está de luto, e todos os seus habitantes desfalecem, os animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar estão morrendo (Oseias cap. 4 versos de 1 a 3)”.

Agora é possível mudar o curso? Sim, é possível. Como? Arrependimento de pecado. Sabe como eu  abracei de coração o evangelho de Jesus Cristo e vivo nele há 30 anos? Ouvindo uma mensagem de arrependimento, arrependimento que me levou ao altar em prantos e com absoluta convicção do pecado me rendi. E hoje? Ouvimos tudo sobre o evangelho, mensagens de todo jeito, seminários para todos os lados, músicas de todos os gostos, encontros, templos e mais templos, cursos e cursos, livros e mais livros, claro que no meio de tudo isto tem muita coisa que nem passa perto do evangelho de Jesus Cristo, mas aquilo que é evangelho tem provocado arrependimento? Eu era um ser vazio e sem rumo eterno, controlado pelos valores extra evangelho, guiado pelas influencias de muita gente sem Deus que entrou na minha vida naquele tempo, não havia a vida de Deus em mim, vida esta que, conforme afirma o apostolo Paulo só pode ser conseguida em “Cristo, porque Ele é o Espírito que dá vida”, assim, meu interior foi ocupado por este amor transformador, isto mesmo, ocupado pelo Espírito de Deus e até hoje continua sendo, mesmo eu pequeno e cheio de defeitos, sendo ainda uma obra inacabada, mas, independente das lutas, dores, perdas, desilusões, está em mim este amor de Deus, me conduzindo ao céu. Temos que semear o Reino e a Palavra deste Reino, centrada em Jesus, e viver esta realidade intensamente caso contrário seremos vítimas de nossas próprias sementes, igual aquele povo no tempo do profeta Oseias que foram vítimas de si mesmos também. Foi mensagem de prosperidade? Quebra de maldição? Shows? Desafio financeiro para amarrar o devorador? Cds ou campanhas para mudaram o curso de minha vida? Não e não! Foi o evangelho de arrependimento anunciado na igreja seguido de um profundo convencimento dado a mim pelo Espírito de Deus, me revelando que meu estado natural de pecador me condicionava a estar para sempre distante da presença de um Deus de amor e graça, isto aconteceu quando ali estive à primeira vez. Fui acolhido por um Deus de amor. 

O que se semeia trás seus frutos segundo o profeta, o que se tem a fazer e com urgência? Parar de semear o que não presta, sejam pastores, membros, donos da religião, músicos, políticos, enfim, a nação chamada Brasil, todos, porque o que está por vir não é tão bom quanto se trata de manifestação do juízo de Deus sobre o pecado. O caminho é único, ARREPENDIMENTO. Nada mais, enquanto é tempo.

Porque semeiam ventos e colherão tempestades”. 


Paz.