Nestes últimos tempos colegas de trabalho, parentes e até alguns irmãos de fé, sempre me perguntam: afinal de contas qual é a sua religião? Eu respondia para uns, não tenho nenhuma, para outros sou apenas do evangelho e algumas vezes nem dizia nada. Sempre percebi, na maioria da vezes espanto em face a minha reposta, mas encaro esta situação com muita naturalidade. Pensando sobre tudo, passei os olhos em todos os meus textos postados aqui, tenho profunda convicção que pude expressar um pouco do que percebo nestes 25 anos dentro do meio religioso. Não me arrependo de nenhuma palavra aqui colocada, porque nunca me escondi atrás da máscara da religião, cargo ou falsa espiritualidade para me mostrar superior a quem quer que seja. Conheci muita gente boa e maravilhosa no meio religioso, mas conheci também cada figura que seria melhor nunca ter conhecido. Mas Tudo coopera para o bem daquele que ama ao Senhor. Tenho riquezas que não são bens patrimoniais ou dinheiro, aliás, como a maioria dos brasileiros, trabalho para sustentar minha família, tenho muitos apertos económicos como muita gente tem. Mas graças a Deus estou vencendo a cada dia. Quanto a vida emocional sou ser humano como qualquer outro, tenho alegria, tristeza, também choro, dou gargalhadas, tenho angustias mas prazer também, afinal não sou extra terrestre, não cheguei em uma nave espacial a este planeta, estou exposto as mesmas situações que todo ser que se diz humano está. Tenho minha família, esposa e filha, tesouro que Deus me deu. Quando juntos vamos para o trabalho é motivo de muita satisfação, mas a hora de voltar para casa é o nosso maior anseio, como é maravilhoso viver assim em família. Nos reunimos para orar, falar de nossas lutas, louvar Deus, sonhar, enfim, é o meu maior património, não tem religião, nem dinheiro nenhum capaz de substituir este bem que possuo. Amigos tenho alguns, gente muito especial no meu caminho. Estou comentando isso, porque vivemos num mundo onde manter uma falsa aparência é estilo de vida de muita gente na sociedade moderna e neste campo incluo tambem a religião. Faço questão de viver como ser humano de carne e osso com todas a virtudes e defeitos também, coisa que a religião tentou impedir durante muito tempo. Que maravilhoso é poder sentir que sou gente.
Quando escrevo sobre minhas impressões no campo da espiritualidade, não tenho o menor desejo de mudar a igreja evangélica e nem quem se diz evangélico. Porque estas coisas não se mudam, elas estão aí e vão ficar até o fim. Meu objetivo é apenas provocar reflexões, nada mais. E não possuo nenhuma fobia de que vou ajuntar gente para fazer alguma revolução religiosa. Pretendo ir pela vida, falando do amor de Deus, me esquivando das setas do diabo e de seus servos, muitos travestidos de evangelho. Vivo com alegria, prazer de viver e muita, mas muita vontade de continuar conhecendo mais e mais a Cristo.
Enfim, qual a religião que professo? Consegui um nome, muito bacana, que me defini, mostra o que penso, aponta a direção para onde caminho. Não sou católico, nem espirita ou muçulmano. De forma alguma também não tem nada na minha vida de esotérico, mas também não sou evangélico, aliás sou.... desevangelico, ou seja, caminho, firme, determinado, convicto sempre na direção que o evangelho propoe.
Paz. Moacir... do evangelho.