terça-feira, 5 de outubro de 2010



FUGINDO DO DEUS CRIADO PELO SER HUMANO!!!



Transcrevo texto de Augusto Cury, quando em um de seus livros comenta de uma forma muito interessante pensamentos de famosos ateus e por fim entra nas idéias de Nietzsche (filósofo alemão).

Esta é uma maravilhosa reflexão:
“Ele foi o mais inteligente e contundente dos ateus. Muitos religiosos tremem diante dos seus pensamentos. Consideram-no o mais herético dos intelectuais. Não é o que eu penso.
Sobre os alicerces do seu ateísmo, Nietzsche indaga com contundência:
Como?
O homem é só um equívoco de Deus?
Ou Deus é apenas um equívoco do Homem? (Nietzsche 1888).

Se esse arguto filósofo tivesse estudado os segredos fascinantes da oração do Pai-Nosso, entenderia que Deus e o ser Humano são cúmplices um do outro, frutos do mais excelente equívoco, o equívoco do amor. Um amor nascido nas tramas da solidão.
Nietzsche era de fato um ateu?
Queria destruir a idéia de Cristo do seu imaginário?
Achava uma estupidez psicológica o seu humano procurar por Deus nessa curtíssima trajetória existencial?
Considerava um desperdício ocupar a mente com as idéias sobre Deus?
Não!
Nietzsche procurava preparar os solos da sua psique para conhecer os mistérios que cercam a vida. Era alguém inconformado com o superficialismo. Nele havia um desespero intelectual em busca do Autor da existência. Sua ansiosa procura foi um dos exemplos mais espetaculares da inquietação de um ser humano imerso nos pântanos da solidão. Para discutir este assunto, quero transcrever e depois comentar uma oração filosófica feita pelo próprio Nietzsche, e que é muito pouco conhecida. Esta oração foi traduzida pelo ilustre Leonardo Boff diretamente do alemão (Boff, 2000).

Oração ao Deus desconhecido:

Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente, uma vez elevo, só, as minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.

A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz pudesse chamar.

Sobre estes altares estão gravadas em fogo estas palavras: Ao Deus desconhecido.

Teu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.

Teu, sou eu, não obstante aos laços que me puxam para o abismo.

Mesmo querendo fugir, sinto me forçado a servir-te.

Eu quero te conhecer, desconhecido.

Tu, que me penetras a alma, qual turbilhão, invades a minha vida.

Tu, o incompreensível, mas meu semelhante quer Te conhecer, quero servir só a Ti.
(Nietzsche)

Nessa oração os pensamentos de Nietzsche fluem como um rio que jorra do manancial de suas dúvidas. Esse rio flui não apenas na direção do Deus que está além dos limites do tempo e do espaço, mas do Deus que ele procura nos recônditos do próprio ser.

Nietzsche, se debate tentando fugir de Deus para seguir sua história e traçar seus próprios caminhos. Mas não consegui fugir de si mesmo. Os caminhos se cruzam. Só, num mergulho introspectivo e solitário, o filósofo se aproxima do Autor da existência.

Como terra árida que clama pela chuva, qual, sedento que sonha em refrigerar sua alma, ele tem a ousadia de dizer que ergue altares festivos para Ele. Na esperança de ouvir o inaudível, de perscrutar a Sua voz.

Nesses altares estão inscritos em fogo as palavras dirigidas ao mais comentado dos seres e o menos conhecido da história: o Deus desconhecido. Aquele que perturbou a mente de intelectuais e deixou em suspense a inteligencia dos filósofos. Aquele que é especialista em se esconder, mas inscreve sutilmente sua assinatura através das gotas de orvalho, do sorriso de uma criança, da brisa que toca o rosto.

Nietzsche não sabe como defini-lo, mas sabe que não pode deixar de pensar nele. Embora tenha criticado a religiosidade com virulência ímpar e fosse contra a submissão cega, para nosso espanto declara “teu, sou eu”, apesar de até aquele momento ter criticado as idéias, ligadas a Deus. Quem pode explorar as vielas da mente desse filósofo?

Quando todos pensavam que Nietzsche fosse o mais radical dos ateus, na realidade era um filósofo desesperado em busca de uma experiência radical com um Deus vivo, e não com o deus construído pelos seres humanos.

Nietzsche era um anti-religioso que, com uma coragem única, anunciou a morte de Deus. Mas não é a morte do Deus do Pai-Nosso, mas do deus criado pelo ser humano, o deus construido a imagem e semelhança do seu individualismo, arrogância, e autoritarismo. O deus que é um joguete nas mãos humanas, que faz guerras, que subjuga e exclui.

Em sua oração, o filósofo, tenta separar o deus humano que o decepcionou, do Deus concreto que alicerça a existência. Tentou fugir de ambos, mas agora se sente compelido a procurar o Deus real. Não vê sentido se não encontrá-lo. Inquieto com suas próprias conclusões, Nietzsche, se lança como um raio em direção a explicações mais profundas.

Com uma humildade raramente vista entre os mais célebres pensadores, ele reconhece sua pequenez e clama em alta voz e sem medo; “Eu quero Te conhecer, desconhecido!”.

Ele clama de forma imperativa, como se tivesse em sintonia com o tempo verbal usado na oração do Pai-Nosso. Ele não está no alto da montanha, mas no cume dos questionamentos. Nesse cume, deixa-se refrescar pela brisa da serenidade. Não perdeu sua capacidade de aprender.

Para mim, é como se Nietzsche estivesse recitando a oração do Pai-Nosso à sua maneira. Como se dissesse: Deus desconhecido que estas nos céus, quero elogiar o Teu Nome, mas não sei quem Tu és. Sai do Teu reino e penetra em meu ser. Ansiosamente espero ouvir a Tua voz. Deixa-me conhecer Teu projeto e saber onde eu me insiro nele. Sulca os solos da minha alma. Não m e deixes sucumbir nos áridos vales das dúvidas. A Ti pertenço. Teu sou eu, embora, até o presente, eu tenha Te negado. Dá-me o pão diário que nutre a inteligência. Eu quero te conhecer, desconhecido.

Ateus e não-ateus, independentemente de uma religião, sempre tiveram Deus como um tema central em suas inteligências. Disseram palavras que, embora nunca pronunciadas, expressaram estas idéias:
Deus quem és Tu?
E quem sou eu?
Penetra o meu pensamento. Invade meu orgulho, irriga meu radicalismo com o orvalho da humildade antes que se dissipe meu tempo e eu me torne uma terra seca e estéril. Ensina-me a ouvir no silêncio e a enxergar na ausência da luz. Eu quero te conhecer.

Há uma busca insaciável em todo ser humano. Parafraseando Jesus, o Mestre dos Mestres: “Bem aventurados os que se esvaziam em seu espírito e se tornam garimpeiros em busca de suas origens, porque, ainda que se percam num mar de dúvidas, deles é o reino da sabedoria”. Palavras do escritor.


Bom, quando li este texto, refletindo muito sobre ele o achei maravilhoso. Pude pensar que as palavras do Apóstolo Paulo sobre o Deus desconhecido, quando na Grécia testemunhava de Jesus Cristo, nunca imaginou o discípulo do Mestre, que iriam invadir o coração de um filósofo ateu.
Realmente sempre fico impressionado com o poder das boas novas que sempre rompem as maiores barreiras, naturais ou não.
Gostei muito da frase: “Deus e o ser Humano são cúmplices um do outro, frutos do mais excelente equívoco, o equívoco do amor. Um amor nascido nas tramas da solidão".

Enquanto muitos perdem tempo com a religiosidade do nada, muitos outros ganham se enriquecendo com palavras de sabedoria. Principalmente, quando estas palavras deixam Deus estar no lugar de onde Ele nunca deve sair, no centro da vida.

Pense nisso!
Vida e Paz.
Moacir

sábado, 31 de julho de 2010

BRIGANDO PRA VER QUEM É O PIOR


O Evangelho é Maravilhoso! A vida de Jesus é Encantadora! Ele é divisor de águas, tanto que a história está dividida em dois tempos, antes e depois de Cristo. Acredito que o caminhar com Jesus, o comprometimento com a sua Palavra e com Seu Espírito apontam para um único sentido: o crescer, o melhorar, o avançar, o descobrir, o aprofundar, enfim o Ser mais de Deus conhecendo mais a sua Palavra e prosseguindo para o Alvo, que é o objetivo maior conforme nos fala Paulo em uma de suas epístolas. Conseqüente e inevitavelmente isto vai desaguar num Ser melhor a cada dia, como discípulos Dele.
Na relação tempo, conhecimento e comprometimento, com Deus, há uma ligação íntima e o resultado é previsível, ou seja, a imagem de Cristo sendo formada em nós. Mas esta possibilidade só existe, quando há uma consciência real do valor do Evangelho e de suas riquezas. Com entendimento de que Deus estava em Cristo, segundo sua Palavra, reconciliando consigo o mundo, Jesus passa a ocupar o centro de tudo e de todos. Torna-se a pedra angular, a rocha eterna, o principio e o fim, sendo Ele a estrela da manhã, o filho amado, a maior alegria de Deus, tudo é por Ele, para Ele, por meio Dele e sem Ele, Nada! Estas verdades são indiscutíveis, desde que se tenha um mínimo de sensibilidade para reconhecer e se curvar diante delas.

Mas o tempo vai passando, esta é a primeira relação. O normal diante das voltas do relógio ou do dobrar dos sinos é o amadurecimento, o crescer. A ciência evoluiu de forma extraordinária nesta relação. Com o tempo, muitas das estruturas políticas mudaram; no futebol, novos formatos; projetos para tentar evitar desastres ecológicos estão em pauta nas mesas das maiores nações do mundo... Tudo isto e muito mais, por causa do tempo que vai passando, de experiências que adquiridas e assim provocando reações e debates com descobertas que, na maioria das vezes, tem por objetivo melhorar ou avançar em vários campos da vida humana. A busca é para se ter uma vida melhor e neste sentido, muito se conseguiu, basta olhar ao redor. Claro, que mesmo com estas conquistas, nunca chegaremos ao pleno, porque na Terra não é possível, pois o pleno é Cristo e a eternidade com Ele é o tudo de maravilhoso que o ser humano pode sonhar em ter um dia.

No entanto, para a religião "evangélica", contexto em que estou inserido, parece que o relógio anda para trás, igual caranguejo. Começou muito bem, um dos passos foi dado pela Reforma do século XVI. A história diz que a partir deste passo a restauração se iniciou e prosseguiu. Se muitos, hoje, aceitam a Bíblia como autoridade única, em matéria de fé, foi porque as raízes históricas, dos movimentos de restauração da igreja, provocaram um norte, dando um sentido para o “cristianismo”, diga-se de passagem, nome nunca dado por Jesus a sua Igreja. Mas a relação com o tempo para a igreja moderna é sinônimo de andar para trás. Talvez, porque precisaríamos retornar um pouco mais no tempo, um pouco antes da Reforma. E assim, percebermos que, infelizmente, os marcos no caminho foram abandonados e o sangue dos verdadeiros mártires esquecidos. O movimento de verdadeiros avivamentos não tem o menor sentido na atualidade. A trilha aberta por muita gente de Deus, no decorrer da história, foi substituída por odaliscas de altar, profetas esquisitos... Por aqui passou um, há poucos dias, adivinhando nome, carteira de identidade, placa de carro, falando em nome de Deus... e a maioria do povo naquele culto, que vi pela TV, chorava de emoção, tremendo e achando que tudo era manifestação do “Espírito”. É estarrecedor ver que o que eles chamam de manifestações do “Espírito”, não passa de puro charlatanismo barato aos moldes medievais. Ao mesmo tempo as Verdades Absolutas da Palavra estão sendo sutilmente e às vezes, explicitamente, jogadas, literalmente, nos lixos das igrejas, dando lugar e foco a maluquices e bizarrices sem precedentes em toda história da igreja evangélica, no Brasil. É lamentável constatar que, nos últimos anos, a nossa terra tenha sido infestada por religiosos e líderes velhacos, tornando-se palco para oportunistas, com suas vãs filosofias, misturadas com neurolinguistica e doutrina da prosperidade. Ao invés de por em prática tudo que já se sabe sobre a verdadeira Igreja e o modo de viver em Cristo, estamos à beira de ter que construir "manicômios evangélicos", porque daqui a pouco não vai ter onde colocar tanta gente “endoidada” por causa de algo que estão dando o nome de Evangelho e não é, nunca foi e nunca será.

A segunda relação é com o conhecimento. Nunca se estudou tanto a Palavra de Deus e se escreveu tantos livros sobre ela. Mas, também é fato que nunca se soube tão pouco sobre as Escrituras. Basta observar ao redor e ouvir o que está sendo semeado para o povo, nos chamados “altares”, na maioria das comunidades religiosas evangélicas por aí. Ligo a TV, fico 15 minutos tentando ouvir alguns intitulados “profetas” e não dou conta, motivo, não é Evangelho que está sendo anunciado ali. Nas livrarias, tem livro de todo jeito: “Dez passos de como ser cheio de Deus”, “Cinco passos para ser dizimista”, “Oito degraus de como ser feliz no casamento”...; de cada dez, oito pode-se jogar no lixo, não presta para nada, somente capa colorida (não agüento mais). A relação com o conhecimento requer mudança, melhoria, crescimento. O verdadeiro Conhecimento do Evangelho está diante dos nossos olhos, basta ir á Palavra ler, meditar, aceitar, compartilhar com outros e principalmente, vivê-La com simplicidade, pois Ela é, em toda sua estrutura, Divina. É bem verdade, que o conhecimento adquirido, no decorrer dos anos, está sendo usado por muitos, mas, também vem sendo substituído por emoção desenfreada, arrepios, gritinhos, rodopios e palavras de ordem. As pessoas se comportam como se estivessem em um campo de concentração de prisioneiros nazistas. Eleições Institucionais, nem se fala, são para arrepiar até Drácula. A impressão que se tem é de Vampiros lutando por uma boquinha remunerada, sugando o sangue e até alma dos fiéis, com marketing de coisa séria, manipulando os cargos que, na maioria das vezes, são de interesse exclusivamente pessoal ou da famosa “panela”. Eles gastam bastante tempo e projetos visando o dinheiro que se pode capitalizar em nome da fé, em benefício próprio e não coletivo, tendo como foco, além do dinheiro, a fama e o poder. Bobagens e perda de tempo sem fim. Vi tudo isto muito de perto.

A última relação é a do comprometimento que é diferente de compromisso. Quando iniciamos nossa caminhada com Jesus Cristo, é importante entendermos que sem comprometimento com Ele, Sua Palavra e Sua Obra, não é possível prosseguir na direção real. No dicionário Aurélio a palavra comprometimento significa: 1. Obrigar por compromisso; 2. Dar como garantia, empenhar; 3. Expor a perigo, perda; 4. Assumir responsabilidade grave. Vejam, é bem mais do que imaginamos. Isto significa que é preciso entender este comprometimento, com Jesus Cristo, antes de credenciar este monte de gente como pastor, consagrar os tais levitas com as suas odaliscas de altar, eleger os poderosos superintendentes ou chefes da religião, de crachá e carteirinha (que não conseguem cuidar nem de suas vidas). Gente mal assessorada por um monte de bajuladores e interesseiros, achando-se com tanta autoridade ao ponto de acreditarem serem capazes de dirigir a vida dos outros e até abrir portas dando o nome de igreja, com o intuito de anunciar o evangelho, gravar CD, jurando de pé junto, que é para a glória de Deus. Comprometimento é alma, vida, entrega; espiritualidade com reflexão serena na Palavra, simplicidade, exposição ao perigo, perda, paixão, tudo por Jesus e o mais importante sem desejar nada em troca.

Hoje vejo claramente que estão brigando sim, mas para ver quem é o pior no cenário evangélico.

Tem um ditadoque diz: “na briga das ondas com as pedras, quem sofre são os mariscos”.

Infelizmente, nesta luta para ver quem é o pior, o povo fica a deriva, são como mariscos levados de um lado para outro, tentando se agarrar em qualquer lugar. Explorados, enriquecendo os oportunistas e com certeza a multidão já está sendo deixada a deriva sem saber pra onde ir. Parafraseando o poeta Chico Buarque de Holanda, “a coisa aqui tá preta”, meu irmão.

Conclusão, o nível do rio está baixando cada vez mais e rapidamente. Já saí deste barco estou na margem e em terra firme e com muita gente que não quer chegar ao fundo. Daqui a pouco se chega lá, pois a água está secando rapidamente.

Convido você querido (a) a não ceder á pressão destes últimos tempos, a  não se curvar, nem se render, muito menos se calar. É tempo de buscarmos conhecimento com comprometimento. Tenho uma convicção, vou lhes revelar qual: Deus tem levantado muita gente neste Brasil, nos blogs, nas casas, nas ruas e em vários outros lugares com o chamado “de acordar as pessoas” e dizer para todas elas, que temos uma vida livre em Cristo, sem renunciar os conteúdos de Deus. Retornar as reuniões de adoração realizadas com a simplicidade do Evangelho. Não aceitar mais as coleiras dos "megalomaníacos da fé". Não comer outro alimento que não seja a Palavra que estiver no prato de Gente de Deus mesmo. Exaltar, glorificar e engrandecer unicamente a Jesus e a mais nenhum outro ser. Usar recursos em favor daqueles que pouco tem.

Vai aí uma sugestão, quem sabe chegou á hora de cobrar daqueles que se enriqueceram muito à custa da famigerada doutrina da prosperidade e que compraram TVs e horários televisivos, casas milionárias em condomínios fechados, fazendas, barcos a motor, residenciais no exterior, dizendo eles que era para anunciar o evangelho e iludiram a massa ignorante. Pense comigo: se estes milionários da fé, fossem convencidos, pela opinião firme dos verdadeiros filhos de Deus, a aplicarem, pelo menos, 50%,  no Reino de Deus, de tudo que ganharam através da ingênua fé do povo, daria para ajudar muita gente e ainda sobraria uma montanha de dinheiro. Outros que investiram em aviões particulares alguns milhões de dólares, é só ler, se não me falha a memória, a penúltima edição da Revista Eclésia. Vamos falar para eles que repartam em favor dos miseráveis da cracolândia, dos moradores de rua de nossa nação, dos milhares de moradores de comunidades carentes largados a margem de nossas grandes cidades, que invistam em planos para ajudar crianças abandonadas... Que contribuam, de verdade, para organização de casas de recuperação, mas não guetos de drogados apenas para justificar que estão fazendo algo, em nome da fé. Esta gente precisa ser cobrada a fazer projetos em favor do povo porque ganharam muito deste mesmo povo. Vamos dizer para eles pararem de blá, blá, blá e de usar o nome de Jesus pra cá e pra lá. Vamos exortá-los a descerem de seus tronos. Também, quem sabe, é o tempo de vários deles virem a público pedindo perdão por tanta lambança feita em nome de Jesus.

Enfim, pelo menos há uma esperança, quando esta situação estiver no fundo do poço, não tendo como afundar mais, quem sabe será possível abrir uma comporta para que a água limpa e abundante venha encher e transbordar, trazendo um tempo novo. Talvez esta comporta possa ser aberta por gente que entendeu a relação tempo, conhecimento e comprometimento com o Evangelho de Jesus Cristo.
Quem Viver, Verá.
Vida e Paz!
Moacir

terça-feira, 29 de junho de 2010




VOCÊ É IGREJADO...DESIGREJADO...OU DISCÍPULO DE JESUS DE NAZARÉ?

Pela primeira vez, ao ler um texto divulgado em blogs evangélicos, tomei conhecimento da existência de mais um adjetivo direcionado para os crentes, são eles os “desigrejados”. Um dos autores, que é intelectual de uma denominação histórica, menciona várias vezes esta palavra, que para mim, até então, era estranha. O conteúdo do texto é bom para nossa reflexão como igreja. Porém, faço algumas observações, com o objetivo de levar nossos leitores a pensarem.

Este texto e outros, de autores diferentes (todos “denominacionalistas”), apontam para os “desigrejados” que, no ponto de vista deles, são pessoas que deixaram a igreja institucional, migraram para pequenos grupos com adoração nos lares ou recintos pequenos, outros se tornaram anti-igreja e não estão em lugar nenhum; enfim, se entendi bem o que li, é que a forma de se entender Igreja, na cabeça destes autores e seus devotos, está no seguinte foco: “não é possível viver o evangelho fora das ordenanças da igreja institucional, ou seja, evangélico que é evangélico, deve ficar dentro dela, independente do estado (que a igreja se encontra) Caso contrário vira "desigrejado”. Bom lembrar que "igrejado", é aquele membro tradicio al, tem carteira de membro, passou pelas águas do batismo, dizimista, e entende que precisa estar sobre autoridade espiritual de um líder, caso contrário está em rebeldia, precisa obedecer cegamente, manuais de governo e comportamento elaborados pela instituição. Se não for assim, o caminho do coitado é ser excomungado da comunidade.

Precisamos nos lembrar que o "desevangelho" é que gera "desigrejados" e "igrejados" também.

Não acho correto colocar  rótulos sobre esta gente, tipo: rebeldes, insubmissos, desviados ou carnais, com a afirmação de que, estes tem que ficar sobre todo jugo institucional, afirmando que somente entre seus muros está á benção de Deus como igreja. Este conceito é o mesmo da igreja Católica que sempre ensinou que fora de suas muralhas do ritualismo e papado, não há redenção.

Interessante é que ao contrário dos “desigrejados”, a lista dos “igrejados”, ou seja, dos que hoje estão ligados fielmente as suas instituições e fazem delas uma agência exclusiva do falar de Deus no mundo, é enorme e não dá nem para contar.

Temos os “igrejados” wesleyanos, calvinistas, luteranos,nazarenos, pentecostais, tradicionais, ortodoxos. Também "igrejados" históricos, carismáticos, os da esquerda e da direita, os do centro esquerdo e da extrema direita, os radicais, mais conservadores, menos conservadores, os moderados, nominais.. Tem que ter paciência para relacionar todos. Tentar juntar isto dando o nome de Igreja Evangélica é complicado. Esta situação parece mais como uma colcha de retalhos. Justificar afirmando que “as doutrinas nos separam, mas Cristo nos une” é pura bobagem e uma tentativa de tapar o sol com a peneira.

Percebam que o “desevangelho” é que gera “desigrejados” e “igrejados”. Não esqueçam!!!

Vamos então analisar aspectos dessas duas categorias. De um lado, os “desigrejados” são os que não agüentam mais, manipulação da fé, enriquecimento do clero, evangelho recheado de inverdades evangélicas, confusão nos bastidores das instituições por cargos, manipulação de eleições de chefes estaduais ou regionais, das denominações (com candidatos de uma chapa só e muito marketing de púlpito para eleger o chefe estadual que mais convém aos interesses do clero nacional). Durante muito tempo vi de perto situações desta natureza. Escândalos por toda parte. Gente vendendo tudo em nome de Jesus. Agora chegou ao Brasil até “Sex Shop” evangélico, criado nos EUA com o objetivo de atender a demanda dos crentes na nossa nação e já faz sucesso!!! Qual denominação ao menos comentou este fato inusitado. A maioria da agremiações tem por foco principal a construção de basílicas aos moldes das que existem em outras seitas pagãs, compra de jatinhos particulares e ainda, a sustentação de missionários que, muitas vezes, nunca existiu. Também conheci de perto esta situação.

Do outro lado, os “igrejados”, que sustentam esta parafernália, alguns de boa fé, outros mal intencionados querendo um dia levar alguma vantagem dentro do sistema. Conheço pessoas com este perfil há 25 anos na agremiação religiosa que participei. Não podemos esquecer que o povo vem sendo alimentado por cultos de prosperidade, batismo não sei do quê, quebra de maldições sem fim, encontros de fins de semana e todo ritualismo pagão que vem sendo introduzido dentro das instituições com o objetivo de crescimento numérico e financeiro a qualquer preço.

Depois desta análise fico me perguntando, quem são de fato os “desigrejados”?

Pensando um pouco mais e observando a Bíblia com maior cuidado, iremos notar que a Igreja de Jesus Cristo nunca foi chamada de protestante, crente ou evangélica, muito menos seus discípulos, de “igrejados” ou “desigrejados”. Estamos percebendo que o conceito, em relação a este tema tão importante, tem sido a cada dia delapidado pelos próprios donos da religião evangélica. A Escritura Sagrada afirma que os discípulos de Jesus são Corpo de Cristo, Noiva do Cordeiro, Edifício de Deus, Igreja do Deus Vivo, Pequeno Rebanho, Reino de Sacerdotes. Expressões que demonstram a seriedade com que Deus trata com seu povo. A mesma atitude de depreciação de princípios e conceitos tão importantes para os discípulos de Jesus vem sendo usada, vergonhosamente, em outros temas tão magníficos como, batismo, ceia, adoração, evangelismo, anunciação da palavra, dinheiro, missões (hoje tem até Kit missões, por Cr$ 45,00, pela internet, com objetivo de formar “missionários”), enfim, a lambança é cada vez mais evidente.

Prestem atenção Somos Igreja de Jesus não por causa de uma filiação sobre adestramento das instituições, sendo obrigados a engolir suas doutrinas, “manuais de Caim” (regras e orientações de como assassinar seus irmãos) e costumes; mas, por Justificação pela Fé, como afirma Paulo aos Romanos. Nascidos de novo, como o próprio Jesus em suas palavras a Nicodemos no evangelho de João e também, por sermos selados pelo Espírito Santo, segundo a epístola aos Efésios. O arrependimento, total entrega e convicção sobre o sacrifício do Filho de Deus no calvário nos fazendo viver uma vida nova, segundo a epístola aos Coríntios. O livro da vida não é de propriedade de ninguém, pois quem registra os nomes daqueles que são salvos, neste livro, é o próprio Cordeiro de Deus que está assentado no Trono, não é superintendente, diretor de área, junta estadual ou nacional, até porque, estas juntas, na maioria das vezes, são braços do inferno dentro da comunidade. O Senhor disse ao mundo, em alto e bom tom, que quando Ele, Jesus Cristo, fosse levantado na Cruz atrairia muitos a Ele por causa de Seu amor e misericórdia. Que a salvação não viria de ninguém, pois ela Dom de Deus. Assim, eu poderia continuar escrevendo muito mais, inclusive falando da maravilhosa e indescritível Graça de Deus, que não depende de nada, está no universo como um rio a correr, passando por todos, sem distinção. Amor e Compaixão que promove a busca ao perdido, alcançando a todos, mas salvando aqueles que crêem no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que se fez caminho, verdade e vida.

É muito pobre tentar dizer que a Igreja de Jesus são os membros das igrejas evangélicas.

Ser Igreja transcende a tudo e a todos. Se puder veja um texto que postei no blog, com o título “Marina você já é bonita com o que Deus te deu”.

Vejo que a maior preocupação evangélica é manter o número de membros cada vez mais crescente com objetivo de sustentar seu poder diante da opinião pública. Conheci de perto alvos absurdos, pessoas sendo tratadas como idiotas incapazes de analisar projetos como “vamos ganhar almas para Cristo, vamos fazer 50 anos em 5” parafraseando JK, mas nos bastidores disto o que tinha mais valor não eram as pessoas, mas o dinheiro delas. A coisa precisa crescer financeiramente a qualquer custo porque criaram estruturas gigantescas e caríssimas de se manter, porém, com superficialidade nos seus conteúdos. Qualquer movimento contra esta realidade será repudiado sem o menor escrúpulo. Porque estamos enfrentando e nos relacionando hoje, já não é mais com comunidades de discípulos, mas corporações milionárias, com tentáculos no mundo inteiro e com interesses políticos gigantescos. Ouvi, certa vez, que algumas destas organizações seriam até agências de espionagem americana no Brasil travestido de religiosidade evangélica.

Finalmente, conheço sim, algumas comunidades que se reúnem sem interesse financeiro, de pastores sérios. Tive e tenho comunhão, até hoje, com muitas pessoas abençoadas mesmo estando elas ainda dentro da instituição, outras que se reúnem em casas ou prédios simples, com famílias de convertidos e com propósitos bem definidos de servir a Deus somente. Anunciam o conteúdo inegociável que é a Palavra de Deus, com muita simplicidade, gente desconhecida, destituída de glamour, que mesmo em meio à falta de dinheiro e luxo, continuam anunciando o evangelho com amor e dedicação. Mas, existem sim, muitos discípulos de Jesus, sinceros, convertidos de verdade que estão fora das instituições a muito tempo. Hoje quando temos a oportunidade de nos reunir para compartilhar a Palavra, o ambiente é cheio da graça, temor, não falamos de dinheiro porque não vamos comprar terreno nenhum, os cargos não existem, ninguém é dono de ninguém, somos co-responsáveis, pois somos iguais, não sou “o pastor” do povo, mas um a mais no meio deles. Sabemos que tanto dentro como fora das instituições existem pessoas de bem ou não.

Vejo muitas famílias lutando para serem transformadas de verdade e que optaram por outra forma de se congregarem sem negociar os princípios do evangelho.

Nossa postura será sempre a de orar para que Deus traga entendimento ao sincero, luz ao quebrantado, sensibilidade espiritual para aquilo que é do alto, paixão pelo Evangelho simples e alegre de Jesus Cristo. Que o Filho de Deus volte realmente a ser o centro da vida de muitos. À medida que formos caminhando, Deus irá nos orientar sobre a sua vontade. Continuaremos a postar no blog, aquilo que tem sido aprendido sobre a Igreja, para compartilhar com você. Não sou contra Instituição ou Ministérios de ninguém, cada um faz de sua vida o que deseja, seja bom ou ruim. Vejo um horizonte de mil oportunidades para semear a vida de Jesus. Na Missão Esperança, o endereço é o coração, não existe nenhum manual, somente a Palavra Revelada por Deus, muito menos clero, pois somos um corpo em Cristo que é a Cabeça. Chega dos pequenos guetos de religiosos politiqueiros, mini-sinédrios, porque temos profunda convicção que na CRUZ, Jesus pôs o ponto final nestas coisas. Aqui ninguém é dono de nada, pois não temos coisa alguma e nem somos tão “importantes” que exija dono pra tomar conta. O CNPJ, não existe. Senhores do louvor, basta, sabemos que todos são comunidade de adoradores. Se um dia tivermos que ter um lugar fixo para reunir, será apenas um lugar, porque os verdadeiros valores estão nas pessoas, “nos somos o local existencial da presença de Deus”. Nossos encontros são apenas com objetivo simples de louvar, orar, ler a Palavra, compartilhar o corpo e o sangue de Jesus e testemunhar Dele. Somos um para o outro, procurando ser gente de Deus de verdade, onde ninguém precisa ser o que não é. Repito para os amados, não estou mais sobre o povo, mas sim entre eles, mais um caminhando junto.

Lembrem-se, desevangelho gera desigrejados e igrejados e também.: desesperança, desilusão, desafeto, desestrutura, desamor, desgraça, desencontro, desinteresse, desconfiança, desterro, desvarios, descontrole...

O “Evangelho é quem desvenda nossos olhos e desamarra todo nó que já se fez. Porém ninguém será liberto sem que clame, arrependido aos pés de Cristo o Rei dos Reis”.

O Evangelho de Jesus Cristo puro e simples forma DISCÍPULOS DO REINO.

Quem somos de verdade?

Vida e Paz.
Moacir




sexta-feira, 4 de junho de 2010


COMEÇA NA GRAÇA... PASSA PELA CULPA... E PODE TERMINAR EM desGRAÇA!!!

Cheguei aos braços de Deus em 10 de fevereiro de 1980. Evangelizado, fui a uma igreja e naquele dia, tocado profundamente pelo Espírito Santo, aceitei a Jesus como meu Senhor e Salvador. Fiquei pelo menos meia hora em prantos, ajoelhado no altar. Me lembro de dois jovens abraçados a mim orando e quando me levantei tinha convicção de que algo muito poderoso havia penetrado em meu espírito. Meus olhos avermelhados de tanto chorar e uma certeza imensa de que meus pecados estavam perdoados, um alívio profundo em minha alma, era real a paz com Deus. Senti que, a partir daquele dia, minha vida nunca mais seria a mesma, como de fato aconteceu. Este acontecimento marcante deu um novo significado a minha existência . Deste dia em diante seguir Jesus, conhecê-lo, ser Seu discípulo era meu grande objetivo na vida.


Como foi que eu cheguei até a este encontro com Ele? Como fui atraído? O que mais me impressionou e me comoveu naquele momento e nos dias subsequentes?
As respostas são as mais simples. Pense comigo!

Primeiro lugar: conhecer o Amor de Deus, Sua bondade e misericórdia dispensadas a mim pecador, carente de Sua presença. A medida que os dias iam passando fui aprendendo sobre Sua "Graça" - Favor imerecido - , que em Sua infinita compaixão pelo pecador veio ao meu encontro. Nos amou de tal maneira que deu Seu Filho, Morte terrível no Calvário, pelos pecados não só meus, mas também pelos do mundo inteiro. Ressuscitado e, em seguida, elevado as alturas, hoje, eternamente a direita de Deus Pai e com a promessa que voltará um dia. Me encantei com tudo isto.

Segundo lugar: entendi que Ele enviou seu Espírito Santo, para habitar em mim, guiando-me a toda verdade. Escreveu meu nome no livro da vida. Com amor eterno Ele me amou e com bondade me atraiu, segundo as palavras do profeta. Nasci de novo, não da carne, mas do Espírito, as coisas velhas ficaram para traz, tudo se fez novo, não tenho palavras mais para descrever o milagre que Ele fez em minha vida.
Com o tempo, fui aprendendo que poderia definir este ato de Deus, em Cristo, por nós como: “Graça de Deus”. Que esta obra não poderia ter origem em nenhum outro ser, somente em Deus. Que ninguém poderia reivindicar ou intermediá-la, chamando para si o mérito da Salvação Eterna. Pois Jesus seria para sempre o protagonista deste Plano Divino.


Terceiro lugar: a minha entrega foi total, Jesus entrou em minha vida. Pela Graça fui Salvo, somente pela Graça. Sei que nenhum esforço humano ou sacrificio, poderia atrair o plano eterno de Deus, porque se estes esforços humanos surtissem efeito, Jesus jamais teria sido entregue por nós. Tudo Começou com Ele , passou por Ele e terminou Nele. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo", esta revelação encerra toda verdade da Redenção do homem. Não é necessário nada mais, somente Ele. Porque quem está em Cristo, está em Deus, este ato é completo, não necessita de coisa alguma a não ser a Fé, que nos justifica e a partir dela temos paz com o Criador, mediante Jesus Cristo. Muito mais posso acrescentar acerca da minha... da nossa salvação, exemplo: o nome no livro da vida, o arrabatamento, entre outros, seriam textos maravilhosos para se refletir e cheios de esperança.

O tempo passa e com ele muitas coisas mudam. A Politica, os valores familiares, avanços da ciência, enfim, as mudanças nos acompanham durante a caminhada pela vida. O Evangelho também vem mudando, não por si só, porque as palavras de vida eterna, permanecem para sempre, afirma Jesus. Venho observando que a medida que estes tempos modernos avançam, muitos em nome do Evangelho vão mudando seus conteúdos imutáveis e fazendo dele um desEVANGELHO, e assim empurram muita gente para mais distante da realidade das Boas Novas, criando um "deus imaginário". Eu, poderia enumerar vários problemas, mas vou me deter em três:.

O primeiro é a "culpa" constante promovida pela maldição de Malaquias, ensinamentos alicerçados em textos usados com ou sem intenção, mas com exegese tendenciosa e muitas vezes absurdas.
Vejo multidões, vivendo uma vida repleta destas culpas. A de Malaquias é usada diariamente, (se não der dinheiro para o CD ou para construir a basílica evangélica, o novo livro que será lançado, para um tal missionário desconhecido, uma campanha para amarrar o devorador, destruidor, predador, comedor e até o sirí, coitado, não escapou). A mensagem insistente é de que tudo vai dar errado na sua vida, eles afirmam.
E aí voce que é trabalhador, que levanta cedo, rala o dia todo, vai a igreja e ao invés de ouvir as Boas Novas ouve as "más novas", onde o dono da religião vai te chamar de ladrão, infiel, muquirana, papagaio no arame, usando textos bíblicos fora do contexto. Colocando em voce uma culpa terrível, onde qualquer episódio negativo na área financeira ou não, será relacionado com o fato de voce não ter dado até as "tripas" para a religião se sustentar. O chavão é "O BICHO VAI PEGAR, TE CUIDA".
A relação de Deus com o homem está condicionada com os seus bens, afirmam estes profetas da modernidade capitalista, e vão mais além, voce vale na igreja pelo que tem. Assim os crentes ficam disputando com Deus e com o próximo, quem vai ter mais, porque a idéia é de quem tem mais é mais abençoado. Quando voce não consegue ter, vem a "culpa". Porque? "Adestramento religioso".

A coisa vai piorando, quando entra na "maldição de familía" ou "espiritos familiares". A mesma estrutura de engano. Os textos são escolhidos aleatoriamente, sem contexto, péssima exegese, ausência total de hermenêutica, aventura bíblica purinha. Mais "culpa sobre culpa". Gente amarrando e desamarrando o tempo todo. As consciências desta gente vive em meio ao medo, cheios de ansiedade, auto condenação constante, porque, sai da maldição de Malaquias e cai na dos espiritos familiares.

Em último lugar, ampliando este quadro horroroso de vida com Deus, o indivíduo acaba se atolando na "maldição hereditária". Neste aspecto, os psicólogos neo-pentecostais, nadam de braçada, fazem a festa, intimidando, coagindo, atormentado o atormentado, construindo na alma humana, mais culpa, culpa, culpa.
Os problemas nunca são de responsabilidade pessoal, mas, sempre por causa da "hereditaridade do mal".
Também, não posso deixar de mencionar as estruturas criadas pelas Instituições com a alegação barata de que elas são indispensáveis para as Boas Novas de Jesus funcionarem (não critico organizar e sim institucionalizar).
Vejam: os "manuais" da Instituição (diga-se de passagem, são mais importantes que a Biblia), cargo do cargo, comissões, convenções, juntas (distritais, nacionais, regionais, locais, internacionais, porque não dizer até muitas delas infernais(?)).
Um pequeno braço do inferno dentro da comunidade, cheia de autoridade concedida por votos, de gente, muitas vezes, mal informada mas, bem intencionada, algumas vezes(?). Tudo com o pretexto de que o Evangelho necessita de toda esta parafernália do mundo para chegar no coração das pessoas. Mais "culpa" sobre o fiel, que aprende a viver sempre pendurado nisto, porque foi "adestrado", como um animal irracional, anos e anos a pensar assim.
Ouvi certa vez, dentro da Instituição que servi por 25 anos, um líder regional dizer para mim que uma tal de "assembléia distrital" era o evento mais importante da denominação (mais do que batismo, ceia, adoração, evangelismo, casamento, etc).

Bom, para chegar até a Cristo o discurso inicial é a Graça de Deus, com promessa da solução dos problemas, perdão, paz, alegria, Espirito Santo, mas, depois, aos poucos, vão descendo goela a baixo do povo, devagarinho, sem a percepção real, o desEVANGELHO, que tem contornos ainda mais terríveis além destes que mencionei nas linhas anteriores. Começa com um discurso que algumas vezes é o Evangelho mesmo, mas, vai mudando sutilmente, com o passar do tempo, em seguida, enche o individuo de "culpa", terminando sua vida em desGRAÇA EVANGÉLICA, fazendo das pessoas meros SOBREVIVENTES da fé. Eu conheço muita gente assim, SOBREVIVENTES da fé e NÃO OS QUE VIVEM NELA.
Maravilhoso é entender a Liberdade do Evangelho, Graça e Amor de Deus.

Em Jesus somos, LIVRES. A Obra Redentora da Cruz é suficiente, onde todas estas estruturas humanas de doutrina e adestramento são literalmente desconstruídas no coração do homem.
Que a relação de Deus com o ser não está nos bens que possui, mas no coração dele, amado incondicionalmente. Redenção completa e absoluta, plena. Jesus é o centro de tudo e de todos. Blaise Pascal disse em uma porção de seus fragmentos; " Jesus é o ponto fixo do Universo".
Ele por sí só é capaz de realizar todas as coisas no céu na terra e debaixo da terra. Não podemos jamais reduzir a pessoa de Jesus a figura pequena do homem ou a uma arquidiocese pentecostal e seus pretensos anseios de falso poder. Chega de culpa, culpa, culpa. Já basta os próprios pesos naturais do cotidiano.
Como tem sido maravilhoso quando em nossas pequenas reuniões podemos, rir, chorar cantar, compartilhar a Palavra, dividir com o outro nossas dificuldades sem medo, vencendo culpas, impostas ou auto produzidas. Poder agir no mover de Deus, desestruturados sim, mas, apenas das formas Institucionais e  livres  de "doutrinas bizarras".

No Filho de Deus está tudo o que o homem precisa. Podemos ser livres de verdade, resgatar o amor verdadeiro, a comunhão entre todos que, muitas vezes, foi roubada do coração por causa do desEVANGELHO, alegria perdida, paz conturbada, falta de entusiasmo com aquilo que é de Deus, indiferença...

Evangelho Sim, desEvangelho Não. Livres da culpa!!! Graça eterna ou desGraça (?).

Aqui está o poder de decisão. Nela inclusive temos a liberdade de escolha.


Vida e Paz!
Moacir

sexta-feira, 30 de abril de 2010


ERRANDO O ALVO


Porque Jesus vem sendo tirado sutilmente, do centro da fé?
Porque, na maioria das vezes, as pessoas estão aceitando passivas, esta situação que se agrava à medida que o tempo vai passando?
Porque estamos assistindo ações tresloucadas em nome do Evangelho, aonde a Palavra vem sendo enxertada de inverdades absurdas?
Acredito que a falta de conhecimento sobre a natureza da Palavra de Deus e o entendimento sobre o que Jesus significa no cenário da Salvação são dois dos maiores motivos. Existe um ditado que diz assim: “cabeça é feita para pensar e não para ter pensamentos”. Por isso mesmo, vejo gente andando num labirinto da religiosidade, manipuladas de todas as formas, tendo apenas o ponto de partida e nunca o de chegada.

Em primeiro lugar, qual é a natureza da Palavra de Deus? Se lermos com atenção e cuidado o Salmo 119 é possível ver que o conceito sobre a Palavra de Deus se divide, neste texto em oito expressões de significados profundos, observemos: lei, testemunho, mandamento, juízo, estatutos, preceitos, logos e rhema. Somando as vezes que estas palavras aparecem neste Salmo, chega-se a 176, que é o número da quantidade de versículos que compõem este texto, coincidência? Claro que não! Por que o conjunto destes oito conceitos define qual é a natureza da Palavra.
É importante ver a intenção do salmista em nos falar algo de forma muito insistente. Como se ele estivesse tentando chamar nossa atenção, quem sabe, para o perigo, de não entendermos sobre qual é esta natureza e assim criarmos para nós uma religiãozinha particular, sem sentido... Usando a Bíblia apenas como base ou justificativa pessoal e assim, poder dar um nome a igreja para se identificar no mercado das religiões, depois abrir uma porta, colocar uma placa, criar um manual de instruções, crachá... em seguida, eleger um superintendente, depois criar meia dúzia de cargos e finalmente envelope padronizado para levantarem fundos. Muito trabalho, engenhocas, invencionices; mas, tudo isto não leva ninguém a lugar nenhum e somente seus idealizadores, oportunistas, saem “lucrando”.
No NT, a Palavra de Deus é definida como Semente. Basta ver a Parábola do Semeador em Lucas 8:11, dizendo claramente, que a Palavra que é também a Semente, em Mateus 13:19 é também a Palavra do Reino. Veja agora a explicação de Jesus sobre esta parábola. São duas situações, primeiro a semente e o semeador, na realidade são um só, se tornam íntimos, não podem de forma alguma ser separados. O semeador é antes de tudo o homem que recebeu a boa semente (Mateus 13:38). Preste atenção agora: a semente a ser semeada neste mundo é este homem que tem em seu conteúdo de vida com Cristo, a Palavra como semente. Então os discípulos de Jesus, homens perdoados, transformados pela obra do calvário, são semeados na terra, contendo dentro de si mesmos a Palavra como semente. Sendo, a partir de então, habitação de Deus, se tornando a verdadeira Casa de Deus, onde habita o Espírito Santo, fazendo deste homem, repito a própria semente do Criador semeada no mundo e dentro de si contendo a Palavra como Semente.
Enfim a natureza da Palavra é lei, testemunho, mandamento, juízo, estatutos, preceitos, logos e rhema (estudaremos cada uma destas expressões no momento oportuno), principalmente, no salmo 119. E no Novo Testamento como a Semente sendo a Palavra e o homem que tem esta semente como semeado por Deus na terra.

Em segundo lugar, o que Jesus significa no cenário da redenção? Os Templos, que são insistentemente chamados de “Casa de Deus”, estão abarrotados de gente, que buscam somente prosperidade, terapias para sair do desencalhe sentimental, destruição de alguma suposta feitiçaria, e por aí vai toda esta neurose, que tem adoecido mais pessoas do que imaginamos. É neste labirinto, que as pessoas estão andando, porque só consegue conceber Jesus como aquele do milagre. Ele faz milagre? Sim, os Evangelhos falam sobre isto, e é maravilhoso. Devemos buscar o sobrenatural? Sim, mas têm muitas coisas que são no mínimo, “bizarrices evangélicas”, crendices... Neste momento, chamo a sua atenção: O que Jesus fez naquele tempo, Ele está fazendo hoje, mas tenho certeza que não há nenhum compromisso do Senhor, com gente espertalhona e velhaca que age no meio do povo em nome Dele, sem ser Dele. Mas, o que importa muito neste tempo é aprender que quem é de Deus de verdade se torna a própria Semente de Deus semeada neste mundo. Contendo dentro de si a semente da Palavra. Tendo entendimento sobre a natureza da mesma conforme o salmo 119.
Precisamos ir além dos milagres e perceber quem é Jesus após sua subida ao céu conforme o livro de Atos. Passamos então, a meditar também, com muito temor, em Apocalipse capítulos 4 e 5. Então vejamos: A palavra Trono aparece pelo menos 18 vezes, João recebe permissão para ver a sala do trono no palácio celestial e seus olhos caem primeiro sobre o trono do Rei, do tipo que eram usados pelos juizes e reis quando presidiam. Não podemos esquecer jamais que Jesus foi primeiro entronizado na terra, depois na Igreja, tornando-a seu corpo, em seguida foi entronizado no céu e o será na nova criação (Milênio). Ele só pode ser por tanto, o Rei de todos os reis que reinam e julgam toda terra. O cenário é impressionante, Ele, Jesus, agora, reinando, soberano, coroado de magestade, no centro do universo, no centro da vida. Estes dois capítulos mostram magestade, santidade (não a das placas de instituições religiosas), julgamento, misericórdia, poder e glória, divino, adoração, exaltação, palavra como decreto sobre o destino da humanidade, enfim, leia pelo menos dez vezes e veja como está agora o Senhor Jesus.
É necessário dar um novo significado a nossa vida, viver o agora, mas conceber o que está por vir, enxergar além, porque não podemos levar na brincadeira estas verdades e nem usar o nome de Jesus como amuleto barato apenas, para satisfazer nossas vaidades pessoais. Este texto nos mostra a grandeza do Rei. Podemos afirmar que Jesus semeava a Palavra e a si mesmo, como Semente, nos corações dos homens. Não devemos viver, tendo em mente apenas o Jesus dos Milagres, pois conhecemos seus atos quando aqui esteve e o Evangelho nos mostra. Mas devemos prosseguir entendendo que quando unimos tudo que Ele fez, segundo os Evangelhos, com Senhor de agora, do hoje, segundo Apocalipse 4 e 5, nos resta parar, ajoelhar, arrepender, se alinhar e servir nada mais, nada menos, do que ao Rei do Universo. Aquele com quem um dia estaremos para sempre. Por isto, volto ao salmo 119 nos versículos 1, 9, 17, 25, 33, 34 leia (veja os clamores destas palavras na direção da busca do entendimento), façamos um devocional com estes textos, veja o anseio deste salmista. Da mesma forma com Apocalipse 4 e 5, pense e creia mesmo, nestas revelações de João. Mas não se esqueça: este entendimento só pode ser real se você está no Caminho do Evangelho. Muita gente está nos caminhos da campanha, do pastor, bispo, ou superintendente, do reverendo, cargo ou comissão, outros no caminho das “igrejas”, alguns na estrada do nada... Mas, temos que estar é na Vereda do Evangelho, quem nele está é Semente de Deus, contendo dentro de si a Palavra como Semente. E está semeado no mundo como filho de Deus, entendendo Jesus como o Rei do Universo e servindo somente a Ele como Único Senhor.

Penso que devemos ter sempre temor e cuidado. Precisamos procurar entender a Palavra, concebe-lá em nós, de verdade. Gastar tempo com ela, considerar sua profundidade e grandeza, aprender a cada dia. Em relação a Jesus Cristo, ter sempre a certeza de que seu Nome é Santo, não podemos sair por aí fazendo e dizendo tudo o que vem na cabeça e afirmando que é “em Nome Dele”. Porque muitos que agem assim, estão expondo o Nome de Jesus em coisas que não Lhe pertence, que não provem Dele e que nunca foram permitidas por Ele. Afinal, Jesus (Apocalipse 4 e 5) é alguém que muita gente ainda não conhece e, por isso, usam Seu Nome de uma forma profana, em invenções e loucuras de origem na própria natureza humana, enganando e sendo enganados.
Vamos parar e pensar nos curvando diante do Rei e mudando os rumos.
Paz.
Moacir Morais

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Re-aprender faz parte da vida

Refletindo na palavra da verdade vejo uma dinâmica maravilhosa do Espírito Santo na vida de Jesus. Estes textos são muito conhecidos e importantes. O primeiro está em Lucas capítulo 3: 21 e 22. Fala do batismo de Jesus. Ensina que havia ali, muita gente, veja “todo o povo batizado”, muita agitação, falação, vai e vêm na margem do rio, curiosos, religiosos, gente de toda sorte. Águas agitadas, o céu como testemunha, o batismo era de arrependimento, com água. Mas de repente algo acontece, testificado por João, alguns acreditam que os que ali estavam também viram - neste aspecto entendo que somente o profeta foi testemunha - surge Jesus Cristo, entra no rio, João o vê, imediatamente Ele é batizado, depois “o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre Ele”. Aqui foi onde tudo começou! Que simplicidade, o Espírito veio, desceu sobre Ele. Alegria de Deus em toda plenitude, ”meu filho amado”, que quadro maravilhoso, o Pai, o Filho e o Espírito Santos, com único propósito, apontar um novo caminho, anunciar um outro tempo, a verdadeira luz que ilumina os homens, Jesus, batizado pelo Espírito Santo.

Como podemos nos alimentar desta revelação? Simples, devemos ser batizados pelo Espírito. Aqui está o grande começo de uma vida com Deus. Precisamos refletir mais sobre este tema. Observe como isto aconteceu. Faça algumas perguntas ao texto, pense, leia e releia. Onde estava Jesus, quando isto aconteceu? Na margem do rio! Lugar estranho para ser batizado pelo Espírito? Não! Foi com dia e hora marcada? Não! Qual a atitude interior Dele: Cantava; pulava; sapatiava; rodava? Havia algum ritual de preparação? De forma Alguma! Ele orava, afirma Lucas. Sentimento de profunda comunhão com o Pai, em meio aquela total inquietação nas margens do rio. Ele falava com Deus. Nada ao seu redor era mais importante do que o Criador. Todo seu ser estava em Deus. Precisamos buscar o batismo com o Espírito Santo, descomplicar, simplificar este ato grandioso de Deus. Não tem dia, nem hora, nem lugar, muito menos um ritual de preparação. Basta somente se entregar, se render e orar com toda humildade e entrega. Ele virá, onde você estiver. O batismo com o Espírito de Deus é um ato Dele a nosso favor, não depende de intermediação de ninguém, nem de nada, é você e Deus é Deus e Você. Aqui está como deve ser o começo de quem pretende viver Jesus no seu interior de uma forma real neste mundo da religiosidade vazia.

Em seguida, diz Lucas no capítulo 4: 1 a 14, “Jesus foi guiado pelo mesmo Espírito ao deserto...” Aqui algo extraordinário acontece, observe bem o texto. A Palavra afirma que Ele foi conduzido, guiado pelo mesmo Espírito ao deserto. O encontro é inevitável, olhos nos olhos, lado a lado. O diabo ali diante Dele, destilando toda sua sutileza, perversidade e contradições. Mas, Jesus estava cheio do Espírito, este confronto nos mostra que, fidelidade, conhecimento e coragem, estavam em Cristo de uma forma total, que maravilha! Quem é este sinistro demônio, que os homens dão a ele tanto falso poder e autoridade? E muitas vezes trazendo pânico às pessoas? Falsa doutrina com certeza. Esquecem que o Filho de Deus disse: “Toda autoridade me foi dada, (Cristo), no céu e na terra” e que em Nome Dele ordenaríamos aos demônios que saíssem de vidas aprisionadas e estes sairiam. Pense o que este enganador pode ser diante de vidas guiadas pelo Espírito Santo? Nada! Analise: durante a vida, muitas vezes teremos encontros com o diabo, isto é também inevitável, com certeza nos veremos frente a frente com ele, perceberemos sua presença, sutil, perversa e contraditória. A única maneira de agirmos com coragem, conhecimento e fidelidade para com Deus é sermos guiados pelo Espírito no deserto da existência humana. Não há outra alternativa.

Finalmente Lucas, no capítulo 4: 14, 16 e 31; encerra dizendo: “No poder do Espírito Santo regressou para a Galiléia... depois foi para Nazaré e Cafarnaum...” Observe, pense! Jesus deixou o deserto, o diabo se apartou Dele, e assim foi continuar sua vida no meio do povo. Agora o encontro era com o povo, gente de toda espécie. Judeus, estrangeiros, ricos, pobres, gente boa, sincera, com saúde ou doentes, mas também, perversos e religiosos dominadores da sociedade. Que situação complexa. Aprendo aqui outra verdade, tem demônio no caminho? Sim! Gente endemoninhada no percurso? Claro! Mas existem nos encontros da vida pessoas com todas as suas dores, vazios, medos e incertezas, alegrias, risos e choros, amor e ódio, cheios de perdas, de saudades e de sonhos. Seres humanos, onde habita uma unidade de contradições. Estes ENCONTROS são inevitáveis. Pergunta: como Jesus viveu em meio a toda esta complexidade social? No poder do Espírito Santo, foi para o meio do povo da Galiléia (círculo dos impuros) Nazaré, de onde não poderia vir ser humano que prestasse. Segundo alguns “espirituais da época” é claro, ou Cafarnaum. Andando pela vida Jesus viveu sem explorar ninguém, não fazendo diferença entre rico ou pobre, semeando o Reino e não um “imperiozinho” particular de uma religião, porque imperiozinhos já existiam, exemplos, os Saduceus, que reduziam verdades a respeito da salvação, os Fariseus que acrescentavam princípios nunca ensinados por Deus e o Herodianos, estes nem precisa dizer muito o próprio nome já nos mostra quem eram. Existiam muitos outros pequenos “eus” de meias verdades no tempo de Jesus. O Filho de Deus nunca vendeu suas bênçãos libertadoras por dinheiro ou por qualquer outra coisa. Não disse nada a ninguém, a não ser aquilo que ouvia do Pai. Movido sempre pela sensibilidade de que pessoas não poderiam ser mais manipuladas, porque manipuladas já estavam sendo a vida inteira, que criaturas de Deus não poderiam ser mais exploradas financeiramente em nome de religião, porque assim viviam há muito tempo. Ele sabia que seres humanos não deveriam viver mais sobre a tirania do diabo e dos seus representantes no poder. Jesus como Verbo Encarnado olhou para as pessoas, convidando-as ao arrependimento de pecados - convite que sumiu dos púlpitos de muita gente neste tempo de inventar uma nova religiosidade - porque aquela sociedade se engalfinhava com suas vãs doutrinas que não levavam ninguém a lugar nenhum. Enfim, tudo isto foi possível, porque Ele foi batizado pelo Espírito Santo, quando enfrentou o diabo estava cheio do Espírito Santo e foi para o meio do povo, no poder do Espírito Santo. Quem se aventurar a ir para o meio do povo em nome de Jesus, sem estar no poder do Espírito, vai manipular, corromper e ser corrompido, subornar, ameaçar, intimidar, explorar, criar impérios, inventar, escravizar e encher o povo de vazios sobre seus vazios. É preciso ir sim, mas no poder do Espírito.

Quero deixar pra você esta reflexão. Em João, capítulo 14: 16, 17 e 26, Ele prometeu outro Consolador para estar para sempre conosco. O Espírito da verdade. “O Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome”, disse Jesus. “Ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito”.
Simplifique este ato de Deus, pense, busque, ore. Onde você estiver. Não tem endereço, nem calendário com hora marcada, não precisa de intermediação de homem nenhum, muito menos de qualquer ritual de preparação Apenas ter Cristo, pelo caminho do arrependimento, sendo filho de Deus através do reconhecimento da sua morte e ressurreição. Seja batizado pelo Espírito, na simplicidade que a palavra nos revela e enfrente o diabo, com todas as suas artimanhas e provocações, com entendimento e graça. Guiado pelo Espírito vá para o meio do povo, seja uma benção, sabendo agir no meio de uma sociedade escravizada pelo pecado e forças do inferno Há!! Se todos nós quando um dia decidimos em andar com Cristo, arrependidos de nossos pecados desejando que Ele fosse realmente nosso único Salvador e tivéssemos ouvido em alto e bom tom: “que a escola dominical é boa para compartilharmos a Palavra”, ou “que cultos de louvor e mensagem, “alguns são importantes”,” ou os “retiros espirituais fazem parte”, se alguém tivesse sentado conosco e olhado nos nossos olhos e afirmado que: ACIMA DE CDS, SHOWS, RETIROS, CULTOS, MONTES, TEMPLOS, CARGOS, REVISTINHAS, SEMINÁRIOS, MANUAIS, ELEIÇÕES PARA ISSO E AQUILO, CAMPANHAS PARA NÃO SEI O QUE... Repetissem para nós insistentemente a seguinte palavra: irmão (ã) a partir de hoje vamos aprender JUNTOS sobre o verdadeiro Batismo com Espírito Santo, sem fantasias, sensacionalismos e invenções. Vamos a Deus experimentar esta realidade e enfrentar o diabo, verdadeiramente guiados pelo Espírito Santo e viver no meio do povo cheios do poder Dele.

Quantas divisões jamais aconteceriam? Os traumas, decepções, inimizades e tempo perdido entre os filhos de Deus seriam tão poucos. Os problemas quando surgissem, é claro, eles fazem parte da vida, tanto nos relacionamentos com irmãos e mesmo no mundo secular, seriam enfrentados com a sabedoria do Senhor. Os tempos seriam menos sofridos para todos os membros do Corpo. Como eu gostaria de voltar a 25 anos atrás e ter tido alguém que tivesse gasto o tempo que fosse preciso comigo, me ensinando que daquele momento em diante eu deveria aprender a viver guiado pelo Espírito, mais do que tudo! Lendo comigo os textos que falam sobre esta vontade de Deus e me orientado até a medida de poder andar como servo maduro pela vida. Teria sido maravilhoso! Mas nunca é tarde para ser feliz, desde 1997 eu e minha família começamos, por obra de Deus, a desconstruir, em nossos corações, doutrinas, costumes e dogmas sobre este tema e muitos outros que durante algum tempo nos impediram de ser livre. Hoje trilhamos por um outro caminho, convictos de que este é um novo tempo na nossa jornada com Deus.
Graça e Paz!
Moacir

sábado, 6 de fevereiro de 2010

UM SEMEADOR!

ATUALIZAÇÃO DO TEXTO: 26/11/2012 LIVRE DA INSTITUIÇÃO...DE ALGUNS MEMBROS DO CLERO...E DE DONOS DA IGREJA LOCAL .COM ESTA ATUALIZAÇÃO FINALIZO DEFINITIVAMENTE ESTA PÁGINA NA MINHA CAMINHADA.

Vivi por 25 anos ocupando cargos de liderança no Estado e na igreja local .Na maioria da vezes na posição bi-vocacional ou seja, exercia ao mesmo tempo atividade profissional. No dia 13 de maio de 2009, deixei a instituição, faz três anos e meio, graças a Deus. Não deixei a igreja de Jesus, abandonei sim, o sistema religioso, com suas estruturas selvagens, dogmas, acessórios e filosofia terrena de agir. Sei que ainda existem muitos poucos sinceros, mas existem e estão aí no nosso meio, conheço alguns. Hoje tenho 55 anos e trabalho em uma grande empresa. Na ocasião, eu tinha assumido uma postura de que à medida que o entendimento sobre a diferença entre religião e vida real com Deus veio tomando forma, passei a me posicionar de maneira clara e constante dentro da que hoje chamo de “agremiação religiosa”. Eu vinha a sete anos, discutindo algumas aberrações antibíblicas aplicadas sobre o povo, questionando inclusive ações políticas perniciosas por parte de alguns membros do“clero” e também posturas sobre qual a forma de andar com Cristo e conduzir a “igreja”. Foram tempos complicados. Não comi “o pão que o diabo amassou”...porque este alimento não desce para o estomago de quem é discípulo de Jesus de Nazaré. Quando me perceberam assim, algumas retaliações começaram Amarguei várias situações como; intrigas, isolamentos, traições, provocações e mentiras tanto de alguns membros do clero como de alguns membros da igreja local que concebiam a ideia de que são donos do empresa religiosa,  somente porque eram dizimistas e ocupavam  cargos. Estas disputas eram e são muito comuns hoje, por causa da vaidade provocada por falso poder conseguidos em eleições locais onde brigas e confusões internas sempre rondavam a comunidade chamada de cristã. O mais bizarro é que tudo foi sempre feito estilo “por trás das portas”. No corpo de membros da igreja local alguns, infelizmente não assimilaram as verdades do Evangelho simples e maravilhoso, como eu pensei que poderiam e por isso me vi várias vezes como num “campo de guerra evangélica” onde o inimigo há muito deixou de ser satanás. Está é a situação de muitas igrejas, inclusive fora dos domínios daquela que participei, mas joga se cortina de fumaça diante das pessoas, deixando transparecer que ali está tudo maravilhoso. Eu sabia que qualquer atitude da minha parte que fosse contrária aos interesses da “instituição” e de alguns que se intitulavam “donos da igreja local” e também alguns membros  “clero”, que revestidos de “autoridade” concedida por um tal “manual”,  que em muitas ocasiões prevalece sobre a Revelação de Deus na sua Palavra., seria fatal, minha cabeça com certeza iria á prêmio, sem dúvida nenhuma.

Quando comecei a discutir que o verdadeiro Templo de Deus somos nós e que o santuário era apenas um lugar um endereço qualquer que o “manual da instituição”, muitas vezes era usado como  forma de manipulação para manter alguns no poder, por exemplo( chapa para eleição de um candidato só), e outros contornos somente com base em interesses pessoais e politicos a coisa começou a ficar preta pro meu lado. Sempre defendi que a vida da igreja  deve ser de relacionamentos em amor e verdade, e a comunidade local não pode agir como muitos na porta do templo na época de Jesus e que deveríamos viver dentro da mutualidade real e bíblica e que apesar do cargo que ocupava eu era um ser igual a qualquer ser humano e me recusava sempre a “super líder” único e responsável por tudo, defendia que os membros da comunidade eram co-responsáveis pela vida da como igreja local, no sentido real da palavra, onde eu mesmo estava sujeito às mesmas dores do corpo e da alma. Exaustivamente abominei discursos de “manobra de massas” e formas de levantar fundos por manipulação. Na localidade continuei questionando os rituais propostos para se “fazer igreja”, como shows pirotécnicos, testemunhadores profissionais, na tentativa de levar todos os membros a reflexão séria do que é evangelho,  tentei discutir  o poder sufocante e exagerado dos eleitos” tanto da igreja local como de alguns membros do "clero" para administrar religião como empresa privada. Também parei de ir aos encontros de pastores, que por causa de alguns poucos, percebi que o ambiente já não era inspirador e demonstrei isto com a atitude de não freqüentar mais - Claro, aconteceu aquilo que iria acontecer com qualquer um que estivesse na minha pele - Na cúpula da instituição, na mente de expressiva minoria, mas com poderes institucionais surge o seguinte propósito: "este sujeito tem que ser banido, excluído, colocado no canto,porque se ele  alcançar mais popularidade que ele já tem, por ser de boa índole, família estruturada, correto, dedicado pode  até ganhar alguma eleição no futuro! só que ele, não faz o jogo do sistema!e  vai comprometer os alvos da nossa agremiação tanto local como estadual, pode ele acordar muitos, mostrar o outro lado da moeda, cuidado ele precisa sair do caminho." Cheguei até a ouvir a palavra “eliminado”, uma santa inquisição moderna e ao molde “evangélico”. Até uma suposta carta, que eu nunca conheci os termos, escrita por  seis pessoas da igreja local, que nunca tiveram representatividade no grupo,  tecendo críticas a minha forma de administrar a comunidade, foi arquivada pelo "clero" e até hoje não tenho conhecimento do seu conteúdo, esta atitude é no mínimo, bizarra. Pois não tive a oportunidade até o momento 25 de novembro de 2012,  de dizer se este texto contido na tal carta expressa alguma verdade. Fiquei sabendo desta carta, por terceiros. Bom, para o meu bem e de minha família, quase quatro anos se passaram depois que encerrei, simplesmente me escafedi, entreguei tudo a quem de direito, aos “donos da igreja local na ocasião" e ao principal membro do clero”. Nem fui entregar as chaves. Me despedi informalmente. Até emails tentando me achincalhar, recebi, acredite anônimos.

Tomamos outro rumo na vida pessoal e de cristão comprometido com a verdade. Vira e mexe ouço, ataques gratuitos a minha pessoa. Mas, continuo prosseguindo, esquecendo e até deixando alguns amigos para trás, pessoas muito queridas mesmo, por estes valeu a pena, mesmo sendo poucos. Peguei minha viola botei no saco, conhece este ditado? Veja outro “os incomodados que se retirem”. E assim o fiz. Durante todo estes três anos e meio, somente um colega de ministério da época, fez contatos comigo, acho que ele desistiu, deve ter seus motivos. Faz parte do caminho. Quanto a membros, meus amigos, vários me procuraram, me distanciei deles, para não deixar entender que estava dividindo  "corpo" e assim, pus é pé na estrada fora da instituição eu e minha família.

Entrei para a Instituição e do meu trabalho (profissional) vivi, não fiz dela fonte de exploração financeira e nem fama com cargos e votos. Jamais me deixei encantar com isto, que tem sido a ruína de muitos líderes. Não levei nada dela, porque ela nada me deu e Deus é minha testemunha. Sinto apenas o tempo que passou, afinal foram 25 anos. Daqui para frente é continuar a servir, junto com a minha família amada e querida, mas com uma enorme diferença, livre das amarras (algemas invisíveis) da instituição, me ré-apaixonando por Jesus a cada novo dia, ré-aprendendo muitas verdades, que durante estes anos foram esquecidas e sufocadas pelo engano de servir enxergando apenas com um olho. Estamos radiantes de felicidade, a liberdade encontrada jamais será vendida ou negociada por nenhum preço.Sou apaixonado pela minha profissão, sempre faço o melhor no meu trabalho, para sustentar minha família, como sempre fiz, com dignidade.Nestes novos tempos pude rever pessoas, inclusive membros de minha família que há mais de quinze anos não nos encontrávamos, estou revendo lugares que havia quase me esquecido, me encontrando com gente amada que fez história na minha vida e sempre contando a eles o que Jesus tem feito em nossos corações. Celebrando pequenas reuniões de adoração aqui e acolá. Aonde chegamos com um violão, as músicas são lembradas na hora, com uma palavra do evangelho, um testemunho. Durante este tempo de encontro qualquer pessoa presente tem liberdade de falar, se abrir, rir, chorar se quiser, às vezes ministramos a santa ceia, tudo com a maior simplicidade ré-aprendida no Evangelho de Jesus, em seguida oramos, mãos estendidas, afinal somos todos iguais, não estamos sobre o pequeno grupo, mas entre eles. Tudo isto nos lares, sem peso, sem fardo, sem clero, sem donos da religião, sem manuais, sem comprar terreno, sem juntas ou comissões, sem contendas, ou escândalos como quem caminha pela vida desejando ser apenas semeador de vida. Tem sido um tempo grandioso, de muitas experiências. Pelo Blog e pela Missão Esperança, temos um universo de comunhão com tantas pessoas, centenas manifestações de carinho, inclusive de gente que convivemos muito pouco,palavras de entusiasmo, muitas destas pessoas nós ainda não conhecemos, mas somos parceiros nesta viagem.

Enfim, nossa postura será sempre a de orar para que Deus traga entendimento ao sincero, luz ao quebrantado, sensibilidade espiritual para aquilo que é do alto, paixão pelo Evangelho simples e alegre de Jesus Cristo. Que o Filho de Deus volte realmente a ser o centro da vida de muitos. À medida que formos caminhando, Deus irá nos orientar sobre a sua vontade. Continuaremos a postar no blog, aquilo que tem sido aprendido sobre a Igreja, para compartilhar com alguns. Não sou contra instituição ou ministérios de ninguém, relato aqui o que aconteceu comigo e com muita gente por ai, só mais um episódio, cada um faz de sua vida o que deseja, seja bom ou ruim. Vou prosseguir, sem mágoa, afirmo que todos que participaram deste processo desgastante na minha vida estão perdoados e com quem falhei e não correspondi aos anseios, me perdoem também. Vejo um horizonte de mil oportunidades para semear a vida de Jesus. Na Missão Esperança, o endereço é o coração, não existe nenhum manual, mas sim a Palavra Revelada por Deus, muito menos clero, pois somos um corpo em Cristo que é a Cabeça. Chega dos pequenos guetos de religiosos politiqueiros, mini-sinédrios, porque temos profunda convicção que na CRUZ, Jesus pôs o ponto final nestas coisas. Aqui ninguém é dono de nada, pois não temos coisa alguma e nem somos tão “importantes” que exija dono pra tomar conta. O CNPJ, não existe. Senhores do louvor, basta, sabemos que todos são comunidade de adoradores. Se um dia tivermos que ter um lugar fixo para reunir, será apenas um lugar, porque os verdadeiros valores estão nas pessoas. Nossos encontros são apenas com objetivo simples de louvar, orar, ler a Palavra, compartilhar o corpo e o sangue de Jesus e testemunhar Dele. Somos um para o outro, gente de Deus de verdade, onde ninguém precisa ser o que não é. Repito para os amados, não estou mais sobre o povo, mas sim entre eles, mais um caminhando junto. Graça e Paz! Nos encontramos no caminho. Felicidades.

Moacir Melo Morais