terça-feira, 29 de junho de 2010




VOCÊ É IGREJADO...DESIGREJADO...OU DISCÍPULO DE JESUS DE NAZARÉ?

Pela primeira vez, ao ler um texto divulgado em blogs evangélicos, tomei conhecimento da existência de mais um adjetivo direcionado para os crentes, são eles os “desigrejados”. Um dos autores, que é intelectual de uma denominação histórica, menciona várias vezes esta palavra, que para mim, até então, era estranha. O conteúdo do texto é bom para nossa reflexão como igreja. Porém, faço algumas observações, com o objetivo de levar nossos leitores a pensarem.

Este texto e outros, de autores diferentes (todos “denominacionalistas”), apontam para os “desigrejados” que, no ponto de vista deles, são pessoas que deixaram a igreja institucional, migraram para pequenos grupos com adoração nos lares ou recintos pequenos, outros se tornaram anti-igreja e não estão em lugar nenhum; enfim, se entendi bem o que li, é que a forma de se entender Igreja, na cabeça destes autores e seus devotos, está no seguinte foco: “não é possível viver o evangelho fora das ordenanças da igreja institucional, ou seja, evangélico que é evangélico, deve ficar dentro dela, independente do estado (que a igreja se encontra) Caso contrário vira "desigrejado”. Bom lembrar que "igrejado", é aquele membro tradicio al, tem carteira de membro, passou pelas águas do batismo, dizimista, e entende que precisa estar sobre autoridade espiritual de um líder, caso contrário está em rebeldia, precisa obedecer cegamente, manuais de governo e comportamento elaborados pela instituição. Se não for assim, o caminho do coitado é ser excomungado da comunidade.

Precisamos nos lembrar que o "desevangelho" é que gera "desigrejados" e "igrejados" também.

Não acho correto colocar  rótulos sobre esta gente, tipo: rebeldes, insubmissos, desviados ou carnais, com a afirmação de que, estes tem que ficar sobre todo jugo institucional, afirmando que somente entre seus muros está á benção de Deus como igreja. Este conceito é o mesmo da igreja Católica que sempre ensinou que fora de suas muralhas do ritualismo e papado, não há redenção.

Interessante é que ao contrário dos “desigrejados”, a lista dos “igrejados”, ou seja, dos que hoje estão ligados fielmente as suas instituições e fazem delas uma agência exclusiva do falar de Deus no mundo, é enorme e não dá nem para contar.

Temos os “igrejados” wesleyanos, calvinistas, luteranos,nazarenos, pentecostais, tradicionais, ortodoxos. Também "igrejados" históricos, carismáticos, os da esquerda e da direita, os do centro esquerdo e da extrema direita, os radicais, mais conservadores, menos conservadores, os moderados, nominais.. Tem que ter paciência para relacionar todos. Tentar juntar isto dando o nome de Igreja Evangélica é complicado. Esta situação parece mais como uma colcha de retalhos. Justificar afirmando que “as doutrinas nos separam, mas Cristo nos une” é pura bobagem e uma tentativa de tapar o sol com a peneira.

Percebam que o “desevangelho” é que gera “desigrejados” e “igrejados”. Não esqueçam!!!

Vamos então analisar aspectos dessas duas categorias. De um lado, os “desigrejados” são os que não agüentam mais, manipulação da fé, enriquecimento do clero, evangelho recheado de inverdades evangélicas, confusão nos bastidores das instituições por cargos, manipulação de eleições de chefes estaduais ou regionais, das denominações (com candidatos de uma chapa só e muito marketing de púlpito para eleger o chefe estadual que mais convém aos interesses do clero nacional). Durante muito tempo vi de perto situações desta natureza. Escândalos por toda parte. Gente vendendo tudo em nome de Jesus. Agora chegou ao Brasil até “Sex Shop” evangélico, criado nos EUA com o objetivo de atender a demanda dos crentes na nossa nação e já faz sucesso!!! Qual denominação ao menos comentou este fato inusitado. A maioria da agremiações tem por foco principal a construção de basílicas aos moldes das que existem em outras seitas pagãs, compra de jatinhos particulares e ainda, a sustentação de missionários que, muitas vezes, nunca existiu. Também conheci de perto esta situação.

Do outro lado, os “igrejados”, que sustentam esta parafernália, alguns de boa fé, outros mal intencionados querendo um dia levar alguma vantagem dentro do sistema. Conheço pessoas com este perfil há 25 anos na agremiação religiosa que participei. Não podemos esquecer que o povo vem sendo alimentado por cultos de prosperidade, batismo não sei do quê, quebra de maldições sem fim, encontros de fins de semana e todo ritualismo pagão que vem sendo introduzido dentro das instituições com o objetivo de crescimento numérico e financeiro a qualquer preço.

Depois desta análise fico me perguntando, quem são de fato os “desigrejados”?

Pensando um pouco mais e observando a Bíblia com maior cuidado, iremos notar que a Igreja de Jesus Cristo nunca foi chamada de protestante, crente ou evangélica, muito menos seus discípulos, de “igrejados” ou “desigrejados”. Estamos percebendo que o conceito, em relação a este tema tão importante, tem sido a cada dia delapidado pelos próprios donos da religião evangélica. A Escritura Sagrada afirma que os discípulos de Jesus são Corpo de Cristo, Noiva do Cordeiro, Edifício de Deus, Igreja do Deus Vivo, Pequeno Rebanho, Reino de Sacerdotes. Expressões que demonstram a seriedade com que Deus trata com seu povo. A mesma atitude de depreciação de princípios e conceitos tão importantes para os discípulos de Jesus vem sendo usada, vergonhosamente, em outros temas tão magníficos como, batismo, ceia, adoração, evangelismo, anunciação da palavra, dinheiro, missões (hoje tem até Kit missões, por Cr$ 45,00, pela internet, com objetivo de formar “missionários”), enfim, a lambança é cada vez mais evidente.

Prestem atenção Somos Igreja de Jesus não por causa de uma filiação sobre adestramento das instituições, sendo obrigados a engolir suas doutrinas, “manuais de Caim” (regras e orientações de como assassinar seus irmãos) e costumes; mas, por Justificação pela Fé, como afirma Paulo aos Romanos. Nascidos de novo, como o próprio Jesus em suas palavras a Nicodemos no evangelho de João e também, por sermos selados pelo Espírito Santo, segundo a epístola aos Efésios. O arrependimento, total entrega e convicção sobre o sacrifício do Filho de Deus no calvário nos fazendo viver uma vida nova, segundo a epístola aos Coríntios. O livro da vida não é de propriedade de ninguém, pois quem registra os nomes daqueles que são salvos, neste livro, é o próprio Cordeiro de Deus que está assentado no Trono, não é superintendente, diretor de área, junta estadual ou nacional, até porque, estas juntas, na maioria das vezes, são braços do inferno dentro da comunidade. O Senhor disse ao mundo, em alto e bom tom, que quando Ele, Jesus Cristo, fosse levantado na Cruz atrairia muitos a Ele por causa de Seu amor e misericórdia. Que a salvação não viria de ninguém, pois ela Dom de Deus. Assim, eu poderia continuar escrevendo muito mais, inclusive falando da maravilhosa e indescritível Graça de Deus, que não depende de nada, está no universo como um rio a correr, passando por todos, sem distinção. Amor e Compaixão que promove a busca ao perdido, alcançando a todos, mas salvando aqueles que crêem no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que se fez caminho, verdade e vida.

É muito pobre tentar dizer que a Igreja de Jesus são os membros das igrejas evangélicas.

Ser Igreja transcende a tudo e a todos. Se puder veja um texto que postei no blog, com o título “Marina você já é bonita com o que Deus te deu”.

Vejo que a maior preocupação evangélica é manter o número de membros cada vez mais crescente com objetivo de sustentar seu poder diante da opinião pública. Conheci de perto alvos absurdos, pessoas sendo tratadas como idiotas incapazes de analisar projetos como “vamos ganhar almas para Cristo, vamos fazer 50 anos em 5” parafraseando JK, mas nos bastidores disto o que tinha mais valor não eram as pessoas, mas o dinheiro delas. A coisa precisa crescer financeiramente a qualquer custo porque criaram estruturas gigantescas e caríssimas de se manter, porém, com superficialidade nos seus conteúdos. Qualquer movimento contra esta realidade será repudiado sem o menor escrúpulo. Porque estamos enfrentando e nos relacionando hoje, já não é mais com comunidades de discípulos, mas corporações milionárias, com tentáculos no mundo inteiro e com interesses políticos gigantescos. Ouvi, certa vez, que algumas destas organizações seriam até agências de espionagem americana no Brasil travestido de religiosidade evangélica.

Finalmente, conheço sim, algumas comunidades que se reúnem sem interesse financeiro, de pastores sérios. Tive e tenho comunhão, até hoje, com muitas pessoas abençoadas mesmo estando elas ainda dentro da instituição, outras que se reúnem em casas ou prédios simples, com famílias de convertidos e com propósitos bem definidos de servir a Deus somente. Anunciam o conteúdo inegociável que é a Palavra de Deus, com muita simplicidade, gente desconhecida, destituída de glamour, que mesmo em meio à falta de dinheiro e luxo, continuam anunciando o evangelho com amor e dedicação. Mas, existem sim, muitos discípulos de Jesus, sinceros, convertidos de verdade que estão fora das instituições a muito tempo. Hoje quando temos a oportunidade de nos reunir para compartilhar a Palavra, o ambiente é cheio da graça, temor, não falamos de dinheiro porque não vamos comprar terreno nenhum, os cargos não existem, ninguém é dono de ninguém, somos co-responsáveis, pois somos iguais, não sou “o pastor” do povo, mas um a mais no meio deles. Sabemos que tanto dentro como fora das instituições existem pessoas de bem ou não.

Vejo muitas famílias lutando para serem transformadas de verdade e que optaram por outra forma de se congregarem sem negociar os princípios do evangelho.

Nossa postura será sempre a de orar para que Deus traga entendimento ao sincero, luz ao quebrantado, sensibilidade espiritual para aquilo que é do alto, paixão pelo Evangelho simples e alegre de Jesus Cristo. Que o Filho de Deus volte realmente a ser o centro da vida de muitos. À medida que formos caminhando, Deus irá nos orientar sobre a sua vontade. Continuaremos a postar no blog, aquilo que tem sido aprendido sobre a Igreja, para compartilhar com você. Não sou contra Instituição ou Ministérios de ninguém, cada um faz de sua vida o que deseja, seja bom ou ruim. Vejo um horizonte de mil oportunidades para semear a vida de Jesus. Na Missão Esperança, o endereço é o coração, não existe nenhum manual, somente a Palavra Revelada por Deus, muito menos clero, pois somos um corpo em Cristo que é a Cabeça. Chega dos pequenos guetos de religiosos politiqueiros, mini-sinédrios, porque temos profunda convicção que na CRUZ, Jesus pôs o ponto final nestas coisas. Aqui ninguém é dono de nada, pois não temos coisa alguma e nem somos tão “importantes” que exija dono pra tomar conta. O CNPJ, não existe. Senhores do louvor, basta, sabemos que todos são comunidade de adoradores. Se um dia tivermos que ter um lugar fixo para reunir, será apenas um lugar, porque os verdadeiros valores estão nas pessoas, “nos somos o local existencial da presença de Deus”. Nossos encontros são apenas com objetivo simples de louvar, orar, ler a Palavra, compartilhar o corpo e o sangue de Jesus e testemunhar Dele. Somos um para o outro, procurando ser gente de Deus de verdade, onde ninguém precisa ser o que não é. Repito para os amados, não estou mais sobre o povo, mas sim entre eles, mais um caminhando junto.

Lembrem-se, desevangelho gera desigrejados e igrejados e também.: desesperança, desilusão, desafeto, desestrutura, desamor, desgraça, desencontro, desinteresse, desconfiança, desterro, desvarios, descontrole...

O “Evangelho é quem desvenda nossos olhos e desamarra todo nó que já se fez. Porém ninguém será liberto sem que clame, arrependido aos pés de Cristo o Rei dos Reis”.

O Evangelho de Jesus Cristo puro e simples forma DISCÍPULOS DO REINO.

Quem somos de verdade?

Vida e Paz.
Moacir




sexta-feira, 4 de junho de 2010


COMEÇA NA GRAÇA... PASSA PELA CULPA... E PODE TERMINAR EM desGRAÇA!!!

Cheguei aos braços de Deus em 10 de fevereiro de 1980. Evangelizado, fui a uma igreja e naquele dia, tocado profundamente pelo Espírito Santo, aceitei a Jesus como meu Senhor e Salvador. Fiquei pelo menos meia hora em prantos, ajoelhado no altar. Me lembro de dois jovens abraçados a mim orando e quando me levantei tinha convicção de que algo muito poderoso havia penetrado em meu espírito. Meus olhos avermelhados de tanto chorar e uma certeza imensa de que meus pecados estavam perdoados, um alívio profundo em minha alma, era real a paz com Deus. Senti que, a partir daquele dia, minha vida nunca mais seria a mesma, como de fato aconteceu. Este acontecimento marcante deu um novo significado a minha existência . Deste dia em diante seguir Jesus, conhecê-lo, ser Seu discípulo era meu grande objetivo na vida.


Como foi que eu cheguei até a este encontro com Ele? Como fui atraído? O que mais me impressionou e me comoveu naquele momento e nos dias subsequentes?
As respostas são as mais simples. Pense comigo!

Primeiro lugar: conhecer o Amor de Deus, Sua bondade e misericórdia dispensadas a mim pecador, carente de Sua presença. A medida que os dias iam passando fui aprendendo sobre Sua "Graça" - Favor imerecido - , que em Sua infinita compaixão pelo pecador veio ao meu encontro. Nos amou de tal maneira que deu Seu Filho, Morte terrível no Calvário, pelos pecados não só meus, mas também pelos do mundo inteiro. Ressuscitado e, em seguida, elevado as alturas, hoje, eternamente a direita de Deus Pai e com a promessa que voltará um dia. Me encantei com tudo isto.

Segundo lugar: entendi que Ele enviou seu Espírito Santo, para habitar em mim, guiando-me a toda verdade. Escreveu meu nome no livro da vida. Com amor eterno Ele me amou e com bondade me atraiu, segundo as palavras do profeta. Nasci de novo, não da carne, mas do Espírito, as coisas velhas ficaram para traz, tudo se fez novo, não tenho palavras mais para descrever o milagre que Ele fez em minha vida.
Com o tempo, fui aprendendo que poderia definir este ato de Deus, em Cristo, por nós como: “Graça de Deus”. Que esta obra não poderia ter origem em nenhum outro ser, somente em Deus. Que ninguém poderia reivindicar ou intermediá-la, chamando para si o mérito da Salvação Eterna. Pois Jesus seria para sempre o protagonista deste Plano Divino.


Terceiro lugar: a minha entrega foi total, Jesus entrou em minha vida. Pela Graça fui Salvo, somente pela Graça. Sei que nenhum esforço humano ou sacrificio, poderia atrair o plano eterno de Deus, porque se estes esforços humanos surtissem efeito, Jesus jamais teria sido entregue por nós. Tudo Começou com Ele , passou por Ele e terminou Nele. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo", esta revelação encerra toda verdade da Redenção do homem. Não é necessário nada mais, somente Ele. Porque quem está em Cristo, está em Deus, este ato é completo, não necessita de coisa alguma a não ser a Fé, que nos justifica e a partir dela temos paz com o Criador, mediante Jesus Cristo. Muito mais posso acrescentar acerca da minha... da nossa salvação, exemplo: o nome no livro da vida, o arrabatamento, entre outros, seriam textos maravilhosos para se refletir e cheios de esperança.

O tempo passa e com ele muitas coisas mudam. A Politica, os valores familiares, avanços da ciência, enfim, as mudanças nos acompanham durante a caminhada pela vida. O Evangelho também vem mudando, não por si só, porque as palavras de vida eterna, permanecem para sempre, afirma Jesus. Venho observando que a medida que estes tempos modernos avançam, muitos em nome do Evangelho vão mudando seus conteúdos imutáveis e fazendo dele um desEVANGELHO, e assim empurram muita gente para mais distante da realidade das Boas Novas, criando um "deus imaginário". Eu, poderia enumerar vários problemas, mas vou me deter em três:.

O primeiro é a "culpa" constante promovida pela maldição de Malaquias, ensinamentos alicerçados em textos usados com ou sem intenção, mas com exegese tendenciosa e muitas vezes absurdas.
Vejo multidões, vivendo uma vida repleta destas culpas. A de Malaquias é usada diariamente, (se não der dinheiro para o CD ou para construir a basílica evangélica, o novo livro que será lançado, para um tal missionário desconhecido, uma campanha para amarrar o devorador, destruidor, predador, comedor e até o sirí, coitado, não escapou). A mensagem insistente é de que tudo vai dar errado na sua vida, eles afirmam.
E aí voce que é trabalhador, que levanta cedo, rala o dia todo, vai a igreja e ao invés de ouvir as Boas Novas ouve as "más novas", onde o dono da religião vai te chamar de ladrão, infiel, muquirana, papagaio no arame, usando textos bíblicos fora do contexto. Colocando em voce uma culpa terrível, onde qualquer episódio negativo na área financeira ou não, será relacionado com o fato de voce não ter dado até as "tripas" para a religião se sustentar. O chavão é "O BICHO VAI PEGAR, TE CUIDA".
A relação de Deus com o homem está condicionada com os seus bens, afirmam estes profetas da modernidade capitalista, e vão mais além, voce vale na igreja pelo que tem. Assim os crentes ficam disputando com Deus e com o próximo, quem vai ter mais, porque a idéia é de quem tem mais é mais abençoado. Quando voce não consegue ter, vem a "culpa". Porque? "Adestramento religioso".

A coisa vai piorando, quando entra na "maldição de familía" ou "espiritos familiares". A mesma estrutura de engano. Os textos são escolhidos aleatoriamente, sem contexto, péssima exegese, ausência total de hermenêutica, aventura bíblica purinha. Mais "culpa sobre culpa". Gente amarrando e desamarrando o tempo todo. As consciências desta gente vive em meio ao medo, cheios de ansiedade, auto condenação constante, porque, sai da maldição de Malaquias e cai na dos espiritos familiares.

Em último lugar, ampliando este quadro horroroso de vida com Deus, o indivíduo acaba se atolando na "maldição hereditária". Neste aspecto, os psicólogos neo-pentecostais, nadam de braçada, fazem a festa, intimidando, coagindo, atormentado o atormentado, construindo na alma humana, mais culpa, culpa, culpa.
Os problemas nunca são de responsabilidade pessoal, mas, sempre por causa da "hereditaridade do mal".
Também, não posso deixar de mencionar as estruturas criadas pelas Instituições com a alegação barata de que elas são indispensáveis para as Boas Novas de Jesus funcionarem (não critico organizar e sim institucionalizar).
Vejam: os "manuais" da Instituição (diga-se de passagem, são mais importantes que a Biblia), cargo do cargo, comissões, convenções, juntas (distritais, nacionais, regionais, locais, internacionais, porque não dizer até muitas delas infernais(?)).
Um pequeno braço do inferno dentro da comunidade, cheia de autoridade concedida por votos, de gente, muitas vezes, mal informada mas, bem intencionada, algumas vezes(?). Tudo com o pretexto de que o Evangelho necessita de toda esta parafernália do mundo para chegar no coração das pessoas. Mais "culpa" sobre o fiel, que aprende a viver sempre pendurado nisto, porque foi "adestrado", como um animal irracional, anos e anos a pensar assim.
Ouvi certa vez, dentro da Instituição que servi por 25 anos, um líder regional dizer para mim que uma tal de "assembléia distrital" era o evento mais importante da denominação (mais do que batismo, ceia, adoração, evangelismo, casamento, etc).

Bom, para chegar até a Cristo o discurso inicial é a Graça de Deus, com promessa da solução dos problemas, perdão, paz, alegria, Espirito Santo, mas, depois, aos poucos, vão descendo goela a baixo do povo, devagarinho, sem a percepção real, o desEVANGELHO, que tem contornos ainda mais terríveis além destes que mencionei nas linhas anteriores. Começa com um discurso que algumas vezes é o Evangelho mesmo, mas, vai mudando sutilmente, com o passar do tempo, em seguida, enche o individuo de "culpa", terminando sua vida em desGRAÇA EVANGÉLICA, fazendo das pessoas meros SOBREVIVENTES da fé. Eu conheço muita gente assim, SOBREVIVENTES da fé e NÃO OS QUE VIVEM NELA.
Maravilhoso é entender a Liberdade do Evangelho, Graça e Amor de Deus.

Em Jesus somos, LIVRES. A Obra Redentora da Cruz é suficiente, onde todas estas estruturas humanas de doutrina e adestramento são literalmente desconstruídas no coração do homem.
Que a relação de Deus com o ser não está nos bens que possui, mas no coração dele, amado incondicionalmente. Redenção completa e absoluta, plena. Jesus é o centro de tudo e de todos. Blaise Pascal disse em uma porção de seus fragmentos; " Jesus é o ponto fixo do Universo".
Ele por sí só é capaz de realizar todas as coisas no céu na terra e debaixo da terra. Não podemos jamais reduzir a pessoa de Jesus a figura pequena do homem ou a uma arquidiocese pentecostal e seus pretensos anseios de falso poder. Chega de culpa, culpa, culpa. Já basta os próprios pesos naturais do cotidiano.
Como tem sido maravilhoso quando em nossas pequenas reuniões podemos, rir, chorar cantar, compartilhar a Palavra, dividir com o outro nossas dificuldades sem medo, vencendo culpas, impostas ou auto produzidas. Poder agir no mover de Deus, desestruturados sim, mas, apenas das formas Institucionais e  livres  de "doutrinas bizarras".

No Filho de Deus está tudo o que o homem precisa. Podemos ser livres de verdade, resgatar o amor verdadeiro, a comunhão entre todos que, muitas vezes, foi roubada do coração por causa do desEVANGELHO, alegria perdida, paz conturbada, falta de entusiasmo com aquilo que é de Deus, indiferença...

Evangelho Sim, desEvangelho Não. Livres da culpa!!! Graça eterna ou desGraça (?).

Aqui está o poder de decisão. Nela inclusive temos a liberdade de escolha.


Vida e Paz!
Moacir